O McLaren Honda MP4/4 com que Senna ganhou seu primeiro mundial em1988. EFE/Tomás Frutos

Ayrton Senna ganha exposição na Embaixada do Brasil em Roma

Roma (EFE).- A Embaixada do Brasil em Roma apresentou nesta quinta-feira uma exposição dedicada ao piloto brasileiro de Fórmula 1 Ayrton Senna para lembrar o trigésimo aniversário de sua trágica morte e destacar, além do sucesso esportivo, toda a sua faceta de compromisso social.

A exposição abrirá ao público no dia 24 de abril e vai até 13 de outubro. Ela percorrerá toda a vida do lendário piloto de forma transversal, revendo todos seus sucessos esportivos, reunindo peças de coleção e, acima de tudo, dando destaque a sua vida fora dos circuitos.

Na exposição poderá ser observado até 253 objetos, desde carros a camisetas; 114 fotografias dos melhores fotógrafos da época; 6 telões gigantes com vídeos de seus melhores trabalhos e movimentos nos circuitos; e 1 podcast para acompanhar a visita.

Além disso, hoje e amanhã estará disponível para visita a McLaren Honda MP4/4 com a qual Senna conquistou seu primeiro mundial em 1988, vencendo 15 das 16 corridas da temporada.

“Senna foi um dos pilotos mais importantes da Fórmula 1. Estamos aqui para relembrar a memória dele, a de uma vida dedicada ao automobilismo, embora tivesse uma preocupação social muito importante”, disse Renato Mosca, embaixador do Brasil em Roma, durante a apresentação da amostra.

Renato Mosca, da mesma forma, destacou que “é uma honra poder pensar em Ayrton além da carreira de piloto”. “Ele tinha um comprometimento profundo e depois de sua morte soube-se que ele havia contribuído muito para a caridade e colaborado em projetos com crianças… E isso nos mostra como era Ayrton, o piloto mais importante do Brasil”, explicou.

“No Brasil temos Senna em nossos corações e como exemplo”, disse ele.

Benedetti Camerana, presidente do Museu Nacional do Automóvel, insistiu também na ideia da figura além do sucesso esportivo: “Demos à exposição a possibilidade de dar uma visão para além do esportivo, com a presença do social e de um recorte cultural porque Ayrton merece”.

“A sua morte trágica o projetou ainda mais na dimensão de uma grande estrela, não só no esporte, mas também como uma das grandes figuras do século passado”, disse.

Além disso, Carlo Cavicchi, curador da exposição, explicou que “a atmosfera é feita para parecer a Fórmula 1”: “Será um jogo de metal e vidro, algo que as pessoas não esperam”.

“Não vamos no sentido cronológico, é o contrário. Mas feito de uma forma que cative o espectador”, revelou.

“Você pode ler coisas fascinantes não só no esporte porque ele é uma figura que ultrapassou esses limites. Depois de 30 anos, quem não o viu também fala dele”, comentou.

“Não temos apenas uma leitura do Senna, mas todas. Temos todos os capacetes e todos os livros que foram publicados sobre a vida dele em todos os idiomas. Foram 8 meses de um trabalho duro. Tive o prazer de estar com ele, conhecia-o bem e estou de consciência tranquila porque fizemos algo que ele teria gostado”, afirmou. EFE