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Fed desacelera ritmo de aumento dos juros nos EUA e eleva taxa em meio ponto

Washington (EFE).- O Federal Reserve (Fed) anunciou nesta quarta-feira que vai aumentar as taxas de juros em meio ponto percentual, para uma faixa de 4,25% a 4,5% como uma nova tentativa de conter a inflação nos Estados Unidos.

Esta é a sétima alta consecutiva dos juros desde março, embora mais moderada que as quatro últimas, que foram de 0,75 ponto.

Em comunicado, o Comitê Federal de Mercado Aberto do Fed antecipou também que novos aumentos “serão apropriados” para ajudar a conter os preços e trazer a inflação americana de volta à meta de 2%.

Ao decidir o ritmo dos futuros avanços, o comitê levará em conta os efeitos desta política restritiva sobre a atividade econômica e a inflação.

O comunicado já enfatiza que a criação de empregos continua robusta e que o desemprego permanece baixo nos EUA. Além disso, o Fed vê um crescimento modesto tanto nos gastos quanto na atividade econômica.

Inflação alta

O banco central americano também vê a inflação permanecer elevada, refletindo os desequilíbrios econômicos remanescentes da pandemia de covid-19, e aumentos de preços de alimentos e energia devido a “pressões” de fora do país.

“O comitê estará pronto para ajustar sua política monetária para ser proporcional aos riscos que possam surgir que possam impedir seus objetivos”, acrescenta a nota.

A inflação nos EUA em novembro ficou em 7,1% no acumulado em 12 meses, seis décimos de ponto percentual abaixo da medição feita em outubro, de acordo com dados divulgados ontem pelo Escritório de Estatísticas Laborais (BLS).

Quando o Fed anunciou sua quarta alta consecutiva de 0,75 ponto, em novembro, Powell acreditava que ainda havia espaço para trazer a inflação de volta à meta de 2% sem desencadear uma recessão.

Em vista dos últimos dados sobre desemprego, a política monetária restritiva do Fed ainda não está tendo um forte efeito sobre o mercado de trabalho.

O desemprego nos EUA permaneceu inalterado em novembro, com a taxa permanecendo em 3,7%, ou seja, cerca de 6 milhões de pessoas.

Naquele mês foram criados 263 mil novas vagas, 2 mil a mais do que em outubro. EFE