Janet Yellen no Senado nesta quinta-feira. EFE/Michael Reynolds

Secretária do Tesouro dos EUA garante que sistema bancário “é sólido”

Washington (EFE).- A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, disse nesta quinta-feira que o sistema bancário do país “é sólido” e que os cidadãos americanos podem confiar que seus depósitos “estarão lá quando precisarem deles”, durante um discurso aos legisladores no Senado.

Em seu pronunciamento, inicialmente marcado para responder a perguntas sobre o novo projeto orçamentário do governo, Yellen teve que se referir ao colapso do Sillicon Valley Bank (SVB), cuja queda desencadeou uma avalanche de dúvidas sobre o setor.

A titular da pasta do Tesouro lembrou que, na última semana, o governo do presidente Joe Biden tomou “medidas decisivas” para estabilizar o sistema bancário.

“Primeiro, trabalhamos em conjunto com o Federal Reserve (Fed, banco central americano) e a Corporação Federal de Seguro de Depósitos (FDIC, em inglês) para proteger os depósitos”, explicou Yellen, lembrando que na própria segunda-feira os clientes do SVB puderam acessar todo o dinheiro que tinham em suas contas.

Isto foi feito, explicou Yellen, sem precisar recorrer a dinheiro dos contribuintes, uma vez que os fundos utilizados para proteger os depósitos provêm de comissões pagas pelos próprios bancos.

Além disso, o Federal Reserve lançou um novo fundo para que os bancos que precisam garantir os depósitos de seus clientes tenham dinheiro para fazê-lo.

A queda do SVB gerou temores de uma nova crise financeira, embora muitos especialistas apontem para a situação excepcional da empresa, que se especializou em atender startups e as empresas de capital de risco que as financiam.

Ainda assim, o pânico se espalhou e atingiou em cheio outro banco especializado em tecnologia, o Signature Bank, com sede em Nova York, e forçou o Credit Suisse a tomar emprestados cerca de US$ 54 bilhões do banco central suíço após uma queda histórica de suas ações.

Muitos analistas esperam que a situação obrigue o Fed a parar de aumentar as taxas de juros, com as quais tenta conter a inflação. EFE