Brasília (EFE) – Sustentabilidade e neoindustrialização serão alguns dos principais temas debatidos no maior fórum de investimentos da América Latina, o Brasil Investment Forum (BIF), que em sua sexta edição apresentará um ambiente de negócios seguro e inovador, segundo a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).
Ainda de acordo com a entidade, serão apresentadas oportunidades de negócio em diversos setores no país, com destaque para projetos inclusivos e sustentáveis e a participação do setor privado.
Em parceria com o Governo Federal e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a agência é responsável pela organização do evento, que será realizado em Brasília pela primeira vez, amanhã (7) e na quarta-feira (8), no Palácio do Itamaraty.
“O Brasil está mudando e voltando a competir com o mundo inteiro e também se abrindo para quem quer fazer investimentos seguros e inovadores. Só no ano passado, US$ 85 bilhões foram investidos no Brasil. Temos muito a oferecer e, nesta edição do BIF, vamos apresentar o que há de melhor”, ressaltou o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, em um comunicado.
O BIF reunirá executivos de diversos países, especialistas e autoridades, entre eles o vice-presidente Geraldo Alckmin, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ilan Goldfajn.
Além disso, o evento contará com debates sobre o desenvolvimento inclusivo na Amazônia, segurança alimentar, inovação, tecnologia, industrialização, agronegócio, transição energética e sustentabilidade, entre outros temas em que o Brasil é considerado referência na região.
Espaço para aprender e fazer contatos
Ao longo de dois dias, mais de 40 especialistas participarão dos painéis, que são uma oportunidade de conhecer “as novas realidades do país”, de acordo com o comunicado.
O fórum também tem como objetivo servir para “estabelecer contatos com os principais investidores e formadores de opinião de todo o mundo”.
“O BIF é um local propício para estabelecer conexões comerciais significativas com outros participantes e, acima de tudo, com representantes do governo, reunidos em uma oportunidade única de fornecer o apoio necessário para a realização de projetos no Brasil”, acrescentou a ApexBrasil.
Para isso, os participantes também terão acesso a uma plataforma exclusiva para fazer networking e agendar reuniões durante o BIF.
Brasil, o gigante sul-americano
O Brasil exibirá no fórum um “cenário de negócios promissor” em setores como infraestrutura de transporte e logística, geração de energia e transição energética, mineração, saneamento, agronegócio, petróleo e gás, tecnologia, venture capital e private equity.
“O Brasil está no caminho do desenvolvimento sustentável, com políticas públicas voltadas para o aumento da geração de renda e emprego, redução das desigualdades e avanço do compromisso com o meio ambiente”, ressaltou a agência de promoção de exportações e investimentos.
De acordo com a ApexBrasil, o país também está determinado a atrair investimentos, aumentar a competitividade dos produtos nacionais e promover as exportações, e o ambiente de negócios “está tendo um impacto positivo na economia e na atração de investimentos”.
Tudo isso se deve, segundo a agência, à redução da taxa básica de juros (Selic), que está em 12,25%, à queda da inflação (5,19% em relação ao ano anterior), à diminuição do desemprego (7,7%) e à reestruturação das políticas públicas por parte do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Números promissores
De acordo com dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) referentes ao ano de 2022, o Brasil é o terceiro maior receptor de investimentos estrangeiros do mundo, com US$ 85 bilhões, o que representa um aumento anual de quase 70%, um “recorde histórico”.
Além disso, em 2023, o país se tornou a economia mais inovadora da América Latina, de acordo com o Índice Global de Inovação, com mais de 12.000 startups, incluindo mais de 30 “unicórnios”, que são avaliados em mais de US$ 1 bilhão.
“O dinamismo na atração de investimentos reflete o potencial econômico do país, um dos maiores produtores agrícolas globais e o maior exportador mundial de produtos como soja, café, suco de laranja e açúcar”, afirma o comunicado, que também destacou o papel do país para a segurança alimentar do planeta. EFE