Diego Alonso durante a partida contra Gana nesta sexta-feira. EFE/Rodrigo Jimenez

Alonso culpa pênalti contra Portugal por eliminação uruguaia da Copa

Al Wakrah (EFE).- Diego Alonso, treinador do Uruguai, disse nesta sexta-feira que a eliminação no saldo de gols da Copa do Mundo do Qatar, apesar da vitória por 2 a 0 sobre Gana, se deve “ao pênalti” que levou Portugal a vencê-los por 2 a 0 na segunda rodada do grupo H e “que a Fifa diz que não foi” e observou que “não tem” “nada a reprovar aos jogadores”.

“Não acho que o ponto (contra a Coreia do Sul, com empate sem gols) nos eliminou. O pênalti de Portugal nos eliminou. É a diferença de gols (contra a Coreia na rodada final, entre ser segundo ou terceiro). Foi isso que nos eliminou. Fomos eliminados pelo pênalti nos acréscimos e que para a Fifa não é pênalti”, disse Alonso, em entrevista coletiva no estádio Al Janoub, em Al Wakrah.

O treinador saiu em defesa de seus jogadores. “Não posso permitir que você diga isso (que os jogadores não suaram o uniforme). Os jogadores fizeram um grande esforço, dia após dia, jogo após jogo. Eles deram o seu melhor. Cada decisão que tomaram em seus clubes tinha a ver com a seleção. Não posso dizer que os jogadores não suaram a camisa. Deram tudo o que tinham. Infelizmente, não é o suficiente para estarmos na próxima fase”, disse Diego Alonso, que lamentou “profundamente” a eliminação porque sua equipe estava “pronta para mais”.

“A intenção era o tempo todo buscar o terceiro gol. Logicamente, o time rival pressionou, porque também estava sendo eliminado. No segundo tempo, fomos buscar o terceiro gol. Tivemos várias oportunidades para fazer o terceiro. Passamos 80 minutos classificados. Tivemos várias oportunidades. As ações dos pênaltis são porque o Uruguai estava dentro da área. Não conseguimos e o time, no final, acabou procurando o gol, mas não conseguimos marcar”, disse o treinador, que explicou a troca de Cavani por Luis Suárez: “Eu entendi que era o momento. Edi estava fresco e poderia entrar a 25 minutos do fim”.

E revisou a trajetória de sua equipe na Copa: “Fui autocrítico nos jogos anteriores. Disse que faltou jogo, mais possibilidade de conexão, como fizemos hoje. Da mesma forma, no último jogo fomos bem no segundo tempo. Gostei do time hoje, reencontramos o que tínhamos sido nas eliminatórias e em todos os amistosos, jogando para frente, sendo corajosos, sem medo de jogar, triangulando, tirando por trás, os zagueiros sem medo, o goleiro sem medo…”.

“Talvez eu gostaria que tivesse vindo mais cedo, mas aconteceu da forma como aconteceu. Não tenho nada a recriminar os jogadores, que se esforçaram muito, deram tudo o que tinham. Não vou dar desculpas aqui. Todos viram o que eles nos aconteceu no jogo anterior (em referência ao pênalti de Giménez) e o que aconteceu conosco neste jogo. Hoje acho que o time foi irrepreensível”, acrescentou. EFE