Barcelona (EFE).- A defesa do jogador Daniel Alves argumentou a um tribunal de apelação de Barcelona que os vídeos da boate onde ele teria estuprado uma jovem “desmentem de forma radical” a versão da vítima, porque não a mostram em um clima de “terror, pavor ou dominação”, e sustenta que o relato dela pode ser uma “distorção narrativa”.
No recurso apresentado à Audiência de Barcelona para solicitar a libertação provisória do jogador e ao qual a Agência EFE teve acesso nesta terça-feira, o brasileiro se oferece para entregar seus passaportes brasileiro e espanhol, usar uma tornozeleira eletrônica, pagar a fiança necessária e comparecer, até mesmo diariamente, à corte.
O recurso, redigido pelo advogado Cristóbal Martell, alega que não há risco de fuga do brasileiro – argumento no qual o juiz de primeira instância baseou sua decisão de mandá-lo para a prisão sem fiança em 20 de janeiro. A defesa do jogador ressalta que Daniel Alves prestou depoimento voluntariamente à polícia e não tem mais o “músculo econômico de renda regular” que a promotoria apontou como fator que poderia facilitar sua saída da Espanha.
Daniel Alves lembra que foi demitido do Pumas, clube do México que defendia, e que, como resultado de sua acusação de estupro, perdeu vários contratos de patrocínio, publicidade e imagem com diferentes marcas. EFE