Madri (EFE).- O atacante do Real Madrid Vinícius Júnior foi nomeado Embaixador da Boa Vontade da Unesco e se torna o segundo jogador brasileiro escolhido para desempenhar essa função, depois de Pelé.
A diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, esteve nesta sexta-feira na cidade desportiva do Real Madrid para entregar em mãos a Vinícius a carta da sua nomeação como Embaixador da Boa Vontade, em um ato que contou com a presença do presidente do clube, Florentino Pérez.
“Vinícius não é apenas um jogador de futebol excepcional, ele também é um homem comprometido desde muito jovem em promover a igualdade de oportunidades por meio da educação no Brasil. É um modelo para toda uma geração e a Unesco tem a honra de tê-lo hoje entre seus Embaixadores da Boa Vontade”, destacou Azoulay.
O brasileiro mostrou o orgulho que sente pelo reconhecimento do seu trabalho fora de campo.
“Ser nomeado Embaixador da Boa Vontade da Unesco aos 23 anos é mais que uma honra, é uma vitória e um dever que levarei comigo por toda a vida. Claro, quero ser reconhecido como um grande jogador, mas também como um cidadão que tentou fazer a diferença”, afirmou Vinícius.
“Luto pela educação desde os 19 anos e meu instituto vai se desenvolvendo aos poucos no Brasil. Graças ao apoio da Unesco, vamos ter um impacto positivo no mundo”, acrescentou.
A Unesco destacou que o atacante promoveu nos últimos anos “o acesso à educação para todos os jovens” com a criação, em 2021, do Instituto Viní.Jr. com o objetivo de ajudar crianças e adolescentes brasileiros de bairros carentes a retornarem à escola.
Para Vinícius, essa luta pela inclusão e contra a discriminação é “especialmente importante” depois de enfrentar em inúmeras ocasiões preconceitos e atos racistas, principalmente por parte de torcedores.
Ela já colaborou com a Fifa promovendo os valores do respeito e do diálogo na campanha ‘Racismo, não finja que não vê’, e recebeu o Prêmio Sócrates 2023.
O objetivo que a Unesco estabeleceu para Vinícius é “promover a educação para todos” e entre as funções do jogador de futebol estará discursar em conferências internacionais perante os Estados-membros e o público, apoiando os programas educativos que a organização realiza em todo o mundo.
Estima-se que sete em cada dez crianças não conseguem ler ou compreender um texto simples aos 10 anos de idade. As desigualdades sociais são um dos principais fatores do abandono escolar e da falta de aprendizagem. EFE
