O treino da seleção brasileira nesta quarta-feira. EFE/Antonio Lacerda

Em busca do hexa, Brasil começa caminhada no Qatar em duelo com a Sérvia

Doha (EFE).- Em 30 de junho de 2002, a seleção brasileira venceu a Alemanha por 2 a 0, em Yokohama, no Japão, e conquistou o quinto título mundial de sua história. No mesmo dia, o mundo começou a indagar quando o hexa viria, mas 20 anos depois, outra vez começa uma campanha em busca da sexta estrela, agora, no Qatar.

Nesta quinta-feira, no ultramoderno estádio Lusail, na cidade homônima, os comandados por Tite enfrentarão a Sérvia, em jogo pelo grupo F da Copa do Mundo, que ainda conta com Suíça e Camarões, que também duelam pela primeira rodada da chave.

Neste início de caminhada no Qatar, o Brasil reencontrará o terceiro adversário que enfrentou na Rússia. Na ocasião, em Moscou, os pentacampeões bateram a seleção do Leste Europeu por 2 a 0, graças a gols de Paulinho e Thiago Silva, em resultado que valeu classificação às oitavas de final.

De quatro anos para cá, Tite seguiu, alguns jogadores ficaram pelo caminho, mas Neymar segue sendo a estrela da companhia e a maior esperança de um sexto título mundial. No entanto, o astro do Paris Saint-Germain parece melhor acompanhado no setor ofensivo.

Lucas Paquetá, Raphinha e Richarlison foram alguns dos jogadores que se consolidaram neste ciclo, assim como Vinicius Júnior, que explodiu na última temporada no Real Madrid, inclusive, marcando o gol que valeu título na última edição da Liga dos Campeões.

O ex-Flamengo, inclusive, é uma das interrogações para a estreia contra os sérvios, já que poderia ser incluído na equipe titular, substituindo Fred, o que tornaria a seleção ainda mais ofensiva.

Vinicius Júnior em campo

Se a opção de Tite for a de colocar Vinicius Júnior em campo, então Paquetá recua no setor de meio, passando a ser volante, junto com o veterano Casemiro, um dos remanescentes de 2018.

O restante da equipe titular deverá ser a que o torcedor se acostumou, com Alisson no gol; Danilo, Thiago Silva, Marquinhos e Alex Sandro na defesa; Neymar na armação de jogadas, Raphinha e Richarlison com mais a frente.

A Sérvia, por sua vez, chega com o objetivo de ir além da fase de grupos, depois de cair logo nessa etapa na Rússia. A última vez em que foi às oitavas, aconteceu em 1998, na França quando disputou a Copa ainda como Iugoslávia.

 Para fazer um bom papel, a aposta é, principalmente, no setor ofensivo, que é recheado de talentos, como o jovem Dusan Vlahovic, que despontou e foi alçado ao status de estrela durante esse ciclo até a chegada no Qatar.

Além disso, se destacam os meias Sergej Milinkovic-Savic, Filip Kostic, Andrija Zivkovic e Dušan Tadic, que também é capitão da seleção, e os atacantes Aleksandar Mitrovic e Luka Jovic.

Até no banco de reservas há uma referência de talento, o ex-meia Dragan Stojkovic, que disputou Copa do Mundo pela Iugoslávia e é considerado um dos maiores jogadores surgido na região dos Balcãs.

O comandante, na entrevista coletiva que precedeu o jogo, exaltou a “geração dourada” do Brasil, mas garantiu que o respeito que terá pela seleção não representa um temor.

“Começa zero a zero, assim, ambos podem ganhar. Não temos medo de ninguém, nem mesmo do Brasil”, afirmou.

Prováveis escalações

Brasil: Alisson; Danilo, Thiago Silva, Marquinhos e Alex Sandro; Casemiro, Lucas Paquetá e Neymar; Raphinha, Richarlison e Vinicius Júnior (ou Fred). Técnico: Tite

Sérvia: Vanja Milinkovic-Savic; Milenkovic, Stefan Mitrovic, Pavlovic; Zivkovic, Gudelj, Sergej Milinkovic-Savic e Kostic; Tadic, Vlahovic e Jovic. Técnico: Dragan Stojkovic

Árbitro: Alireza Faghani (Irã), auxiliado pelos compatriotas Mohammadreza Mansouri e Mohammadreza Abolfazli

Estádio: Lusail, em Lusail (Qatar). EFE