EFE/Esteban Biba

Serviço de proteção aos atletas detectou mais de 100 mil mensagens ofensivas

Doha (EFE).- O serviço de monitoramento projetado para proteger os jogadores de comentários insultuosos, discriminatórios e ameaçadores nas redes sociais detectou mais de 100 mil mensagens desse tipo durante a primeira fase da Copa do Mundo do Qatar.

Este serviço, parte da campanha #NoDiscrimination, da Fifa, foi lançado com o apoio do sindicato mundial dos jogadores de futebol (Fifpro) e tem sido oferecido a todas as seleções e jogadores que estão no torneio, sendo, portanto, administrado em sua representação para que concentre-se no futebol sem se preocupar com o assédio nas redes sociais.

A Fifa informou hoje que durante a fase de grupos, o serviço ocultou automática e instantaneamente mais de 100 mil comentários insultuosos ou ofensivos (incluindo spam) representando as seleções e jogadores que decidiram utilizá-lo, enquanto mais de 6 mil mensagens foram denunciadas diretamente as empresas de redes sociais para que medidas fossem tomadas.

“Isto mostra que o assédio on-line continua sendo um problema alarmante para os jogadores de futebol e para toda a sociedade em geral, cujas consequências nefastas para a saúde mental e o bem-estar não devem ser negligenciadas”, considera a Fifa, que em conjunto com a Organização Mundial da Saúde (OMS) vai celebrar amanhã o Dia Internacional dos Direitos Humanos com a mensagem de que “nenhum tipo de discriminação tem lugar no futebol ou na sociedade em geral”.

Da mesma forma, nas partidas das quartas de final, disputadas hoje e amanhã, o lema “Sem discriminação” aparecerá nos telões dos estádios e nas braçadeiras dos capitães de cada seleção.

O Dia dos Direitos Humanos é comemorado anualmente em 10 de dezembro, data em que a Assembleia Geral das Nações Unidas adotou, em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

“A luta contra a discriminação é um princípio fundamental na implementação de novas medidas para transformar a Fifa desde 2016. Em 2019, uma política de tolerância zero com racismo e discriminação foi incorporada ao Código Disciplinar da Fifa, e a Fifa introduziu um sistema de supervisão para relatar incidentes de discriminação nas partidas de suas competições”, lembra a entidade mundial. EFE