Caracas (EFE).- Pelo menos 36 pessoas morreram devido ao deslizamento de terra no último sábado na cidade de Las Tejerías, no centro da Venezuela, enquanto outros 56 cidadãos continuam desaparecidos, segundo o balanço divulgado nesta segunda-feira pelo ministro do Interior e da Justiça, Remigio Ceballos.
“Infelizmente, temos 36 pessoas mortas no momento e 56 pessoas desaparecidas”, disse o funcionário do posto de comando presidencial instalado na cidade, localizada a cerca de 70 quilômetros de Caracas.
Em uma declaração anterior, compartilhada pelo Ministério do Interior e Justiça, Ceballos falou de “progressos notáveis” na tarefa de “restaurar a ordem” nesta pequena cidade do estado de Aragua.
“Veículos não podem passar aqui, é proibido, aqui é zona de desastre. Não pode haver pessoas que não estão autorizadas, devidamente credenciadas, ou veículos que atrapalhem. Estamos começando com a entrega de 300 toneladas de alimentos”, expressou o ministro durante um passeio pelas ruas cheias de sedimentos.
O balanço anterior do governo, divulgado horas antes pela vice-presidente executiva, Delcy Rodríguez, informava 25 mortos e 52 desaparecidos, o mesmo número que agentes do Corpo de Investigações Científicas, Penais e Criminais (Cicpc) confirmaram à Agência EFE no domingo.
“Ainda estamos realizando buscas, temos 317 casas completamente destruídas e 757 afetadas”, explicou Rodríguez a repórteres enquanto caminhava pela cidade, localizada a cerca de 70 quilômetros de Caracas.
As autoridades criaram três abrigos na região e enviaram mais de 1,2 mil funcionários para atender os moradores dos 23 setores afetados, onde vivem mais de 10 mil famílias que hoje não têm abastecimento de água potável ou que recebem o serviço com restrições.
Por sua vez, o procurador-geral, Tarek Saab, lamentou o deslizamento de terra através do Twitter, onde publicou uma mensagem que falava de 31 mortes, número que foi superado minutos depois no balanço oferecido por Ceballos.
O governo declarou Las Tejerías uma zona de catástrofe e desastre natural. EFE