Madri, 11 out (EFE).- O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, fez um apelo pelo fim da polarização nas Américas, assim como a abertura de diálogo entre os distintos blocos ideológicos.
Almagro fez as afirmações em um debate na Universidade Francisco de Vitoria, em Madri, na Espanha, evento que também contou com a presença do ex-presidente do governo do país ibérico José María Aznar.
Segundo o secretário-geral da OEA, para interromper a polarização, fazem falta “emoções positivas”.
“Não é que a política não seja emocional, mas é preciso manter a racionalidade da política, essa que nos faz somar esforços, gerar condições de empatia, proximidade, ainda que com adversários políticos”, disse Almagro.
Valores na política
Segundo o representante máximo da OEA, esses valores não estão sendo vistos na política atual, que, atualmente, está sendo mais marcada por sentimentos de “superioridade” entre os adversários políticos.
“É preciso conseguir que a emoção positiva prevaleça”, disse Almagro.
O secretário-geral não quis responder aos jornalistas sobre a investigação interna da OEA sobre uma suposta relação dele com uma funcionária da organização, algo proibido pelo Código Ético.
Venezuela, Cuba e Nicarágua
Almagro se referiu às “crises migratórias” de Venezuela, Cuba e Nicarágua, que segundo afirmou, acontecem pelas “extremas condições” vividas nesses países.
Além disso, fez alusão à situação venezuelana dentro da OEA, já que, para seguir com o processo de saída iniciado dois anos atrás, “primeiro tem que pagar as cotas que deve”.
“A cada ano que passa, tem uma dívida maior com nossa organização, cada vez mais devem um ano de cota. Se querem partir, que fiquem em dia”, disse Almagro.
Sobre a Venezuela, o secretário-geral da OEA afirmou se tratar do palco “da principal crise migratória, social e, provavelmente, de segurança de toda a região”. EFE