A usina nuclear de Zaporizhzhia. EFE/Arquivo/SERGEI ILNITSKY

Ucrânia ordena inspeção na usina nuclear de Zaporizhzhia

Lviv (EFE).- A Inspeção Estatal de Regulação Nuclear (IERN), órgão estatal da Ucrânia, ordenou uma vistoria urgente na usina nuclear de Zaporizhzhia, a maior da Europa, pelo baixo nível de água no reservatório que a resfria, informou nesta segunda-feira a agência local de notícias “Interfax”. 

A inspeção foi ordenada pelo órgão da Empresa Nacional d Geração Nuclear Ucraniana (Energoatom), para que “seja analisada de maneira urgente a segurança do sistema operacional das unidades de potência da central nuclear”.

Segundo a agência local de notícias, foi detectada uma “ausência de reabastecimento externo do tanque de resfriamento, devido uma queda no nível do reservatório de Kajovka para abaixo dos índices habituais”, conforme detalhou uma fonte da IERN.

A inspeção é considerada fundamental “para tomar decisões sobre a operação da usina nuclear”, que fica na província de Zaporizhzhia, no sul da Ucrânia, cujas instalações são operadas atualmente pela Rússia, após ocupação das tropas de Moscou.

A Energoatom deverá realizar uma análise e entregar informações sobre a situação antes da próxima quarta-feira.

Ucrânia e Rússia se acusam de ataque a represa que abastece usina

A ordem da IERN acontece em meio a acusações mútuas de ucranianos e russos sobre um suposto ataque contra a represa de Kajovka, na província vizinha de Kherson, como estratégia para deter o inimigo nesta guerra iniciada em fevereiro deste ano.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, acusou as tropas russas de terem minado a represa para destruí-la, em uma região onde estão sendo registrados grandes avanços das tropas de Kiev.

Autoridades pró-russas, que governam as regiões anexadas de Zaporizhzhia e Kherson, também acusam os ucranianos de terem atacado a represa.

A usina nuclear de Zaporizhzhia, a terceira maior em potência do mundo, se tornou em um dos principais problemas de segurança na guerra da Ucrânia, já que recebeu vários ataques nos últimos meses.

Na semana passada, a central teve que ser desconectada da rede energética ucraniana, após o registro de vários bombardeios. Neste fim de semana, a instalação voltou a funcionar. EFE