Donald Trump. EFE/Arquivo/Jim Lo Scalzo

Negacionistas admitem derrota em 2022, apesar de rechaçar a de Trump em 2020

Washington (EFE).- Os principais candidatos republicanos que negam ou questionam os resultados das eleições presidenciais de 2020 nos Estados Unidos, nas que Donald Trump foi derrotado, admitiram nesta quarta-feira suas derrotas nas eleições de meio de mandato do dia anterior, nas quais mais de 165 negacionistas eleitorais conquistaram cargos estaduais e federais.

De acordo com as projeções do jornal “The Washington Post”, dos 291 candidatos negacionistas que concorreram às eleições de terça-feira, 165 venceram suas disputas, entre eles o governador da Flórida Ron DeSantis, o senador por Kentucky Rand Paul e o congressista por Indiana Greg Pence, irmão do ex-vice-presidente Mike Pence.

Na Câmara dos Representantes, até esta quarta-feira pelo menos 143 candidatos republicanos desse tipo haviam vencido em seus distritos eleitorais, segundo as projeções dos principais meios de comunicação americanos.

Em contraste, entre os negacionistas que admitiram suas derrotas, talvez o mais marcante seja Mehmet Oz, que nesta manhã aceitou seu fracasso em uma conversa por telefone com seu rival democrata John Fetterman na disputa por uma cadeira no Senado pela Pensilvânia, segundo informou a campanha do progressista, citada pelo “The Washington Post”.

Por sua vez, em Michigan, a candidata republicana a governadora, Tudor Dixon, esperou até esta quarta-feira para aceitar sua derrota, apesar de ontem à noite as projeções da mídia já terem apontado sua adversária progressista, Gretchen Whitmer, como vencedora.

Também em Michigan, outra das figuras mais proeminentes do movimento de negação das eleições de 2020, o candidato republicano a procurador-geral do estado, Matthew DePerno, reconheceu no Twitter sua derrota contra a democrata Dana Nessel.

“Embora possa estar admitindo (minha derrota) para Dana Nessel hoje, me recuso a admitir que Michigan é um estado azul (a cor dos democratas)”, destacou DePerno nas redes sociais. EFE