Antony Blinken. EFE/Arquivo/Andreas Rentz/Pool

EUA prometem sanções contra China por envio de armas letais para Rússia

Astana (EFE).- O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, prometeu nesta terça-feira que o país adotará medidas contra empresas e indivíduos se a China fornecer armas letais para a Rússia ou apoie de outra forma os esforços militares de Moscou.

O chefe da diplomacia americana deu a declaração durante entrevista coletiva concedida em Astana, no Cazaquistão, após reunião com representantes de cinco países centro-asiáticos no formato C5+1.

“O que posso dizer ´é que advertimos muito claramente a China sobre as implicações e as consequências de agir com o fornecimento de tal apoio (letal). Não duvidaremos na hora de apontar empresas chinesas ou indivíduos que violem as nossas sanções ou se envolvam de outra forma em apoiar o esforço bélico da Rússia”, disse.

Blinken garantiu que os EUA fazem essa advertência com base na “informação que temos de que a China está avaliando passar do apoio não letal que algumas empresas oferecem ao esforço bélico russo na Ucrânia, para um apoio material letal”.

O secretário de Estado, que partiria para o Uzbequistão, antes de embarcar para a Índia, onde irá participar da reunião ministerial do G20, enfatizou que a China não pode estar na mesa e atuando quando se trata da agressão da Rússia na Ucrânia.

“Não pode apresentar propostas de paz por um lado, enquanto alimenta as chamas do incêndio que a Rússia iniciou do outro. Espero que a China leve muito a sério o que dizemos”, afirmou.

Blinken defendeu que, se a China der o passo de enviar material letal para a Rússia, isso “não seria só um grave problema para as relações conosco, mas sim também um grave problema para seus laços com países de todo o mundo”.

O secretário de Estado garantiu que escutou aliados, com quem abordou as preocupações americanas, e que transmitiu as consequências diretamente ao ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, durante reunião que tiveram ao largo da Conferência de Segurança de Munique. EFE