Washington (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, apresentará amanhã um projeto orçamentário que busca reduzir o déficit público em US$ 3 trilhões na próxima década, segundo informou a Casa Branca nesta quarta-feira.
A proposta, que será detalhada em evento na Filadélfia (Pensilvânia), eleva a meta que o próprio Biden estabeleceu durante o último discurso do Estado da União, quando prometeu cortar o déficit em US$ 1,7 trilhão.
A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, explicou que o plano de Biden se baseia em dois pilares: que os ricos e as grandes corporações paguem um valor “justo” em impostos e que o governo reduza “despesas desnecessárias” que vão para as grandes farmacêuticas e companhias de petróleo.
Essa visão “contrasta” com a dos republicanos, cujas políticas econômicas aumentariam o déficit em US$ 3 trilhões nos próximos 10 anos, disse a porta-voz.
O Partido Republicano controla a maioria da Câmara dos Representantes dos EUA desde janeiro e seus legisladores prometeram bloquear as propostas econômicas do presidente.
Jean-Pierre reiterou que o governo anterior, presidido pelo republicano Donald Trump (2017-2021), promoveu políticas “imprudentes” que reduziram os impostos.
Visão responsável
Por outro lado, garantiu que Biden tem uma “visão responsável” das contas públicas e, durante os dois anos em que esteve no cargo, conseguiu reduzir o déficit em US$ 1,2 trilhão.
A porta-voz da Casa Branca defendeu ainda que com os planos de Biden não será necessário cortar programas sociais como o plano de saúde Medicare, como propuseram os republicanos.
O presidente, segundo disse, está “lutando pelos contribuintes” e “leva muito a sério a responsabilidade fiscal”.
O Escritório Orçamentário do Congresso dos Estados Unidos previu em fevereiro que a dívida pública do país subirá para 118% do Produto Interno Bruto (PIB) nos próximos dez anos e que o déficit aumentará em US$ 18,8 trilhões.
O órgão atribuiu os aumentos a novas legislações promulgadas e aos aumentos de gastos em programas obrigatórios, como o da previdência social. EFE
