Nova York (EFE).- O diretor executivo do Starbucks, Howard Schultz, renunciou ao cargo quase duas semanas mais cedo que o esperado e poucos dias antes de prestar depoimento perante um comitê do Senado que investiga o tratamento dado pela empresa às tentativas de sindicalização dos empregados.
A empresa anunciou nesta segunda-feira que Laxman Narasimhan – que foi anunciado como o próximo CEO em setembro – se tornou oficialmente o novo “número 1” e liderará a reunião anual de acionistas na quinta-feira.
A saída antecipada de Schultz da empresa ocorre pouco antes de ele depor perante o Comitê de Saúde, Educação, Trabalho e Pensões a pedido do senador independente de Vermont, Bernie Sanders.
A comissão investiga as críticas aos esforços do Starbucks para impedir os sindicatos na sua empresa. No início deste mês, um juiz do Conselho Nacional de Relações Trabalhistas decidiu que o Starbucks cometeu violações “graves e generalizadas” da lei federal na sua campanha para impedir os sindicatos.
Mais de 280 unidades do Starbucks votaram a favor da sindicalização no país desde 2021, mas desde então a empresa demitiu 200 ativistas entre os organizadores sindicais mais ativos.
A empresa, que prefere chamar os seus empregados “sócios”, argumenta que as condições dos trabalhadores são melhores do que a média no país e que prefere lidar com eles em uma base pessoal sem que exista mediação de uma organização.
A saída antecipada de Schultz da empresa não alterou os planos para ele depor perante os senadores em 29 de março, confirmou a empresa ao portal “The Hill”. EFE
