Blinken defende volta dos EUA à Unesco para contrapor influência da China

Washington (EFE).- O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, defendeu nesta quarta-feira a necessidade de o país voltar a integrar a Unesco para contrapor a influência da China na organização.

Em 2018, a gestão do ex-presidente Donald Trump (2017-2021) retirou o país da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) denunciando um suposto preconceito “anti-Israel”.

Blinken justificou a sua posição frisando que “a China é neste momento o maior contribuinte da Unesco”.

“Isso tem muito peso e nós nem sequer estamos à mesa. É importante que voltemos”, disse o chefe da diplomacia americana perante um comitê do Senado.

Blinken destacou também que regulamentos importantes sobre inteligência artificial e sobre planos de educação em todo o mundo estão sendo tratados na organização.

“Acredito firmemente que devemos voltar à Unesco. Não para dar um presente à Unesco, mas porque as coisas que estão acontecendo na Unesco são realmente importantes”, argumentou.

Blinken falou perante os senadores nesta quarta-feira para apresentar a proposta de orçamento da política externa da gestão de Joe Biden para o próximo ano.

O secretário de Estado propôs aos legisladores um aumento de 18% no orçamento para a região Indo-Pacífico para “reforçar as políticas para superar a China”.

Neste sentido, levantou a necessidade de realizar novos investimentos para aumentar a presença dos EUA na região em questões de segurança marítima, energia limpa e novas tecnologias.

Blinken disse que os Estados Unidos enfrentam dois grandes desafios de política externa: a atual invasão russa à Ucrânia e “o desafio a longo prazo” representado por Pequim. EFE