Donald Trump. EFE/Arquivo/Oliver Contreras

Trump alerta para “potencial morte e destruição” se for indiciado

Nova York (EFE).- O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump (2017-2021) alertou nesta sexta-feira para o risco de “potencial morte e destruição” caso seja indiciado pelo suposto pagamento feito à atriz pornô Stormy Daniels em troca de seu silêncio, uma questão que está sendo analisada por um grande júri em Manhattan.

Em uma mensagem escrita de madrugada em sua rede social própria, a Truth Social, que atualmente é a única que está usando ativamente, Trump reiterou que seu indiciamento “seria catastrófico para nosso país”.

Segundo o político e empresário de 76 anos, que se supõe que esteja em sua mansão em Mar-a-Lago, na Flórida, seu indiciamento só poderia ser iniciativa de “um degenerado psicopata que realmente odeia os EUA”, em alusão ao procurador Alvin Bragg, que foi quem iniciou o caso e pediu ao grande júri para analisar se deve seguir adiante com a investigação, algo que não será decidido até pelo menos a próxima semana.

Em sua mensagem, Trump insiste em várias ideias repetidas desde que deixou a presidência: que teve mais votos do que qualquer presidente em toda a história (embora tenha sido superado por Joe Biden, a quem nega legitimidade eleitoral) e que “é um fato conhecido que NENHUM crime foi cometido”.

Animosidade com Bragg

A animosidade de Trump em relação a Bragg já tem conotações pessoais: na quinta-feira, ele o chamou de “um animal apoiado pelo (financista) Georges Soros que não se importa com o que é certo ou errado e não se importa com quantas pessoas pode machucar”.

Bragg, que nos últimos dias tem sido assediado pela imprensa que se encontra desde segunda-feira nos arredores do tribunal onde o grande júri deve anunciar sua decisão, recusou-se a fazer qualquer declaração sobre o caso.

No entanto, na semana passada, seu escritório divulgou um comunicado afirmando que continuaria a “aplicar a lei de maneira justa” e falaria apenas “quando apropriado”.

“Não toleraremos tentativas de intimidar nosso escritório ou ameaçar o Estado de direito em Nova York”, acrescentou. EFE