EFE/Antonio Cotrim

Ataque a centro ismaelita em Lisboa deixa 2 mulheres mortas e vários feridos

Lisboa (EFE).- Duas portuguesas foram assassinadas nesta terça-feira durante um ataque a um centro ismaelita em Lisboa cometido por um homem armado com uma faca que foi rendido a tiros pela polícia, segundo informaram fontes oficiais.

A polícia confirmou que há “vários feridos”, mas não especificou o número ou a gravidade, embora a imprensa local indique que há pelo menos quatro pessoas com ferimentos graves, incluindo um professor da instituição.

As vítimas mortais, duas mulheres de nacionalidade portuguesa e com idades compreendidas entre os 20 e os 40 anos, trabalhavam no centro quando ocorreu o ataque, segundo a emissora pública “RTP”, que afirmou ainda que o agressor é de origem afegã.

A polícia portuguesa informou que recebeu o primeiro aviso do ataque minutos antes das 11h (hora local, 7h de Brasília) e os agentes encontraram um homem armado com uma faca de grandes dimensões.

“Foram dadas ordens ao agressor para parar o ataque, este desobedeceu e avançou com a faca na mão na direção dos policiais”, que “recorreram a armas de fogo, atingindo e neutralizando o agressor”, detalhou um comunicado oficial.

O agressor foi ferido nas pernas e está internado em um hospital sob custódia da polícia.

Ao ser informado do ataque, o primeiro-ministro português, António Costa, declarou que “tudo indica que foi um ato isolado, mas não vamos nos antecipar”.

Por sua vez, o presidente do país, Marcelo Rebelo de Sousa, transmitiu suas condolências à comunidade ismaelita de Lisboa e ressaltou que “estão em curso investigações para esclarecer o sucedido”.

O Centro Ismaelita de Lisboa foi construído pela Fundação Aga Khan, abriu suas portas em 1998 e está localizado na Avenida Lusíadas da capital portuguesa, perto de dois hospitais e também perto de um grande centro comercial.

O centro de Lisboa, um dos poucos internacionais da comunidade ismaelita – muçulmanos xiitas -, funciona como local de culto.

A polícia isolou a área com um forte dispositivo de segurança em que participa a unidade antiterrorista da Polícia Judiciária, embora o governo português não tenha confirmado se o ataque pode ser classificado como atentado terrorista. EFE