Washington (EFE).- Os Estados Unidos e o Reino Unido sancionaram nesta terça-feira vários parentes e pessoas próximas ao presidente da Síria, Bashar Al Assad, bem como empresas e cidadãos libaneses envolvidos na produção ou exportação de Captagon, uma marca de fentanil.
“Esta ação ressalta o domínio da família Assad no tráfico ilícito de Captagon e sua obtenção de financiamento para o regime opressor da Síria”, disse o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC, na sigla em inglês) do Departamento do Tesouro dos EUA.
Segundo a instituição, a Síria se tornou líder mundial na produção de fentanil, uma droga altamente viciante, grande parte da qual é traficada pelo Líbano. Seu comércio tornou-se um empreendimento ilícito multibilionário.
Entre os sancionados está Khalid Qaddour, empresário sírio e colaborador próximo de Maher Al Assad, chefe da famigerada Quarta Divisão do Exército Árabe Sírio (SAA) e irmão do presidente, que é responsável pela gestão dos rendimentos gerados por atividades ilícitas como o tráfico da droga mencionada.
Também constam os nomes de Samer Kamal Al Assad e Wassim Badi Al Assad, primos do presidente sírio. O primeiro supervisiona as principais instalações de produção da Captagon em Latakia, na Síria, enquanto o segundo é uma figura-chave na rede regional de tráfico de drogas.
Outro sancionado é Imad Abu Zureik, ex-comandante do Exército Sírio Livre que hoje chefia uma milícia ligada à Inteligência Militar Síria (SMI) e tem desempenhado um papel importante ao viabilizar a produção e o contrabando de drogas no sul do país.
Já entre os libaneses designados, está Hassan Muhammad Daqqou, um libanês-sírio apelidado de “O Rei de Captagon”, que facilitou o contrabando através da fronteira sírio-libanesa sob a proteção de associados do Hezbollah.
Além disso, há duas empresas sancionadas, Hassan Daqqou Trading e Al-Israa Establishment for Import and Export, direta ou indiretamente administradas por Daqqou, e Noah Zaitar, conhecido traficante de armas e drogas procurado pelas autoridades libanesas.
Como resultado da ação de hoje, todas as propriedades e participações desses indivíduos nos Estados Unidos devem ser bloqueadas e relatadas ao OFAC. EFE
