Vatican City (Italy), 18/05/2022.- Pope Francis greets faithful as he arrives to lead the weekly general audience in Saint Peter's Square, Vatican City, 18 May 2022. (Papa, Italia) EFE/EPA/ETTORE FERRARI ITALIA PAPA: VATICANO, 18/05/2022.- El papa Francisco saluda a los fieles este miércoles a su llegada para dirigir la audiencia general semanal en la Plaza de San Pedro en el Vaticano. EFE/ Ettore Ferrari

Papa Francisco retoma agenda e denuncia trabalho informal e precário

Cidade do Vaticano (EFE).- O papa Francisco retomou sua agenda nesta segunda-feira depois de deixar o hospital no último sábado e denunciou o trabalho informal, “que expõe os trabalhadores a formas de exploração e injustiça”, e o trabalho precário, “que diminui a taxa de natalidade”, durante seu discurso ao receber uma delegação do Instituto Italiano de Segurança Social.

Francisco, que passou três noites internado por conta de uma bronquite, celebrou ontem a Missa de Ramos e hoje terá várias audiências.

Em seu discurso de hoje, ressaltou que “não devemos esquecer que os trabalhadores estrangeiros que ainda não têm cidadania italiana também contribuem para o sistema previdenciário” e acrescentou que “seria um bom sinal poder expressar gratidão a eles pelo que fazem”.

O papa fez três apelos em relação ao mundo do trabalho: o primeiro foi para se dizer não ao trabalho não declarado porque “à primeira vista parece trazer benefícios econômicos, mas no longo prazo não permite que as famílias contribuam e acessem o sistema previdenciário”.

“O trabalho não declarado distorce o mercado de trabalho e expõe os trabalhadores a formas de exploração e injustiça”, frisou.

O segundo apelo foi no sentido de não se abusar do trabalho precário, “que tem impacto nas opções de vida dos jovens e por vezes obriga-os a trabalhar mesmo quando lhes faltam as forças”.

“A precariedade deve ser transitória, não pode se prolongar em excesso; caso contrário, acaba levando desconfiança aos jovens, distancia a entrada na segurança social e baixa a taxa de natalidade”, opinou.

Por último, defendeu o trabalho digno, “que seja sempre livre, criativo, participativo e solidário”.

“Precisamos de políticos sábios, guiados pelos critérios da fraternidade e que saibam discernir entre temporada e temporada, evitando desperdiçar recursos quando existem e deixar as gerações futuras em uma situação desesperadora”, completou.