EFE/Arquivo/Antonio Lacerda

Mais de 4 mil pessoas são retiradas de áreas de mineração na Amazônia venezuelana

Caracas (EFE).- Mais de 4 mil pessoas foram retiradas na última semana por soldados que combatem a mineração ilegal na Amazônia venezuelana (fronteira com Brasil e Colômbia), informou nesta sexta-feira o comandante estratégico operacional das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB), Domingo Hernández Lárez.

Trata-se de cidadãos que “abandonaram voluntariamente o Parque Nacional de Yapacana”, disse no Twitter o chefe militar no Twitter, sem informar o número exato de pessoas que deixaram o local, até agora, por este plano lançado no último sábado para remover os que moram nas proximidades de “todas as minas do estado do Amazonas”.

“Com a sua ação de evacuação, contribuirão para a salvação da espécie humana no planeta e (compreenderão) que não há forma de reparar os estragos causados ​​pelo garimpo ilegal nestes ambientes”, afirmou o militar na rede social, onde publicou fotos e vídeos das operações nesta região.

Hernández Lárez também informou a localização e destruição de duas estruturas que serviam como abrigos e espaços de apoio logístico “para grupos que depredam o meio ambiente e realizam mineração ilegal” nesta região.

Da mesma forma, os militares desmantelaram um “acampamento com casas poluidoras improvisadas” e desativaram 40 centrais elétricas, 18 motores de combustão, 12 bombas de sucção, 12 mil metros de mangueira de alta pressão “e outros materiais de destruição ambiental” que foram encontrados durante as operações.

O comandante não esclareceu se estes procedimentos levaram a detenções, embora na última segunda-feira tenha apontado que entre os evacuados se encontram também “800 mineradores ilegais” que foram despejados, embora não tenha esclarecido se será aplicada alguma sanção a estas pessoas.

Em 19 de junho, o presidente Nicolás Maduro ordenou que a FANB continuasse sua “batalha” no sul do país para “limpar” toda a região amazônica do garimpo ilegal, habitada quase exclusivamente por comunidades indígenas. EFE