O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. EFE/Arquivo/Andre Borges

Lula lança novo PAC e diz que iniciativa marca “início” de seu 3º mandato

Rio de Janeiro (EFE).- O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou nesta sexta-feira, no Rio de Janeiro, o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e classificou a iniciativa como o “início” de seu terceiro mandato no Palácio do Planalto.

“Hoje começa o meu governo. Até agora, o que nós fizemos foi reparar aquilo que tinha desandado. Nós já recuperamos 42 políticas de inclusão social. A partir do PAC, ministro vai ter que parar de ter ideia e vai ter que trabalhar muito para que a gente possa executar esse PAC”, declarou.

O investimento total do novo PAC é de R$ 1,7 trilhão, que segundo Lula não representa um teto, e todos os estados receberão recursos.

“Não vai faltar disposição de trabalho, e se o (Fernando) Haddad (ministro da Fazenda) abrir a mão, pode até ter um pouco mais de dinheiro”, destacou.

Os aportes serão destinados para efetuar melhorias em nove eixos  – Inclusão digital e Conectividade, Saúde, Educação, Infraestrutura social e inclusiva, Cidades sustentáveis e resilientes, Água para todos, Transporte eficiente e sustentável, Transição e segurança energética, e Defesa.

Lula ressaltou o caráter sustentável das obras que serão contempladas no novo PAC, uma vez que “não há como pensar em qualquer forma de crescimento econômico, de geração de riqueza, que não seja de forma verde e sustentável”.

“Já fomos rígidos do ponto de vista ambiental ao selecionar grandes obras do Novo PAC. Da mesma forma, seremos criteriosos nas análises de licenciamento ambiental”, garantiu.

Estado empresarial

Além disso, o presidente pediu ao setor privado “que não tenha medo” e prometeu que o Brasil terá um “Estado empresarial”, a fim de direcionar os grandes investimentos do país.

“O Estado vai voltar a ser um Estado empresarial. Os empresários não tenham medo disso. A gente não quer um Estado empresário. A gente quer um Estado indutor. Um Estado capaz de promover o debate e de dizer onde que as coisas devem ser feitas”, comentou.

“Temos que entender que nem o Estado não sabe nada, nem a iniciativa privada sabe de tudo”, acrescentou.

O novo PAC foi anunciado com toda pompa durante cerimônia realizada no Theatro Municipal do Rio de Janeiro com a presença de mil convidados, entre políticos, grandes empresários e todos os ministros do governo.

Enquanto a ex-presidente Dilma Rousseff chegou com Lula ao evento e foi ovacionada pelo público, outros convidados não tiveram a mesma sorte. As vaias se concentraram principalmente no governador do Rio, Cláudio Castro (PL), e no presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

Lula se mostrou incomodado com a situação e pediu “civilidade” ao público do Municipal.

“Vamos pegar o exemplo do Arthur Lira (…) é nosso adversário político desde que o PT foi fundado (…) mas quando termina a eleição que cada um assume o seu posto, ele não está aqui como Arthur Lira, ele está aqui como presidente de uma instituição, que o Poder Executivo precisa mais dela do que ela do Poder Executivo”, ressaltou. EFE