Nova York (EFE).- O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse à Agência EFE que as negociações com o Paraguai sobre Itaipu avançarão rapidamente, com harmonia e sem obstáculos.
“Estou muito otimista com a negociação do Anexo C (do Tratado de Itaipu). Acho que vamos avançar muito rapidamente, de forma extremamente harmônica e sem nenhum obstáculo”, declarou o ministro durante visita a Nova York.
Brasil e Paraguai devem renegociar nos próximos meses os termos do Anexo C, que há 50 anos obriga o Paraguai a vender ao Brasil, a preços preferenciais, o excedente de energia gerada em Itaipu, uma das maiores hidrelétricas do mundo.
Silveira explicou que o governo brasileiro mantém um “diálogo extremamente produtivo” com o Paraguai em todos os níveis e quer “reconhecer a importância de ter um bom relacionamento com os países vizinhos”.
Essa boa relação, segundo Silveira, é “muito produtiva em termos de segurança energética”, pois se o Brasil contar com os vizinhos poderá evitar dificuldades no fornecimento de eletricidade em períodos de escassez e colaborar para a exportação de energia quando houver excedentes.
De acordo com o Tratado de Itaipu, assinado em 26 de abril de 1973, Paraguai e Brasil devem rever as disposições do Anexo C 50 anos após a entrada em vigor deste documento, prazo que terminou em 13 de agosto.
O Anexo C, relativo às bases financeiras e à prestação de serviços de eletricidade da barragem binacional, prevê que Brasil e Paraguai têm direito a 50% da energia gerada e estabelece que, se uma das partes não utilizar toda a sua cota, deve vender o excedente ao outro parceiro a preços preferenciais.
Itaipu é a terceira hidrelétrica mais potente do mundo, atrás das chinesas Três Gargantas e Baihetan, e tem 20 unidades geradoras e 14.000 megawatts de capacidade instalada. EFE