Bruxelas (EFE).- O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, pediu nesta quinta-feira à Rússia que retire suas tropas da Moldávia e criticou Moscou por continuar pressionando Chisinau através de “chantagem energética e desinformação”.
“A Otan apoia plenamente a soberania e integridade territorial da Moldávia e apelamos à Rússia para que retire suas forças do seu território. Podem contar com a nossa assistência contínua”, disse Stoltenberg em um comunicado ao lado do primeiro-ministro moldavo, Dorin Recean, com quem se encontrou hoje em Bruxelas, na sede da Aliança.
O secretário-geral da organização transatlântica se referia às tropas que Rússia mantém estacionadas na região separatista moldava da Transnístria.
Stoltenberg lembrou que Otan e Moldávia trabalham juntas há 30 anos e observou que, nestes tempos “muito desafiadores”, os dois lados estão “aprofundando sua parceria”.
“Moscou continua exercendo pressão sobre Moldávia, incluindo chantagem energética e desinformação, com o objetivo de desestabilizar sua sociedade e minar sua democracia”, comentou.
No entanto, o antigo primeiro-ministro norueguês afirmou que a Moldávia respondeu “com determinação, condenando a guerra de agressão de Putin contra a Ucrânia e fortalecendo sua resiliência e segurança em casa”.
Da mesma forma, detalhou que este ano a Otan concordou com um pacote “substancial” para “ajudar a fortalecer” as ciberdefesas e comunicações estratégicas, e melhorar a capacidade de defesa do país.
Disse também que na cúpula dos líderes da Aliança realizada em Vilnius, em julho, os aliados concordaram em continuar intensificando a cooperação prática e política entre a Otan e Chisinau.
“Isto também ajudará no caminho para a adesão à UE”, observou, agradecendo à Moldávia sua contribuição para a missão de manutenção da paz da Otan no Kosovo.
Recean, por sua vez, afirmou que a Moldávia está empenhada em aumentar suas capacidades de defesa.
“Estamos consolidando as capacidades de defesa, e a guerra de agressão da Rússia na Ucrânia desencadeou esforços ainda maiores para nós, juntamente com os nossos amigos, desenvolvermos a resiliência da sociedade, a resiliência das instituições, mas também as nossas capacidades de defesa”, explicou.
Ele especificou que o país está interessado em participar em missões internacionais e exercícios que “consolidem nossas capacidades e interoperabilidade”. EFE