Antony Blinken durante uma entrevista coletiva nesta quarta-feira, em Tóquio. EFE/KIMIMASA MAYAMA

Blinken afirma que Israel “não pode reocupar Gaza”

Tóquio (EFE).- O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, afirmou nesta quarta-feira que, para alcançar uma “paz sustentável” em Gaza, Israel “não pode reocupar a Faixa”, deslocar os seus cidadãos ou reduzir o seu território.

“A única forma de alcançar uma paz sustentável é através do não deslocamento dos palestinos em Gaza, da não reocupação da Faixa, do bloqueio ou redução do território”, disse Blinken em uma coletiva de imprensa por ocasião da sua visita a Tóquio para participar da reunião de ministros das Relações Exteriores do Grupo dos 7 (G7).

As declarações de Blinken acontecem depois de os ministros de Exteriores do G7 terem pedido hoje uma pausa humanitária em Gaza para facilitar a criação de um corredor seguro que permita a entrada imediata de ajuda e também para que se faça todo o possível para evitar uma escalada e a expansão do conflito israelo-palestino.

“Fomos muito claros desde o primeiro dia: Gaza não pode ser governada pelo Hamas, Israel não pode ocupar Gaza e não pode haver deslocamento de palestinos”, reiterou Blinken, acrescentando que encontrou “grande unidade” por parte do G7.

Neste sentido, destacou o papel do Japão, país que ocupa atualmente a presidência do grupo e anfitrião da reunião de dois dias que terminou hoje, pelos seus esforços no alívio das tensões no Oriente Médio e na prestação de ajuda humanitária a Gaza.

Não estava claro se os membros do G7 (EUA, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Reino Unido) seriam capazes de alcançar tal unidade nas suas deliberações sobre o conflito, dadas as diferentes sensibilidades entre os seus membros sobre no que se refere a questões como o direito israelense de se defender ou o aumento de vítimas civis em Gaza.

Sobre a invasão russa da Ucrânia, o secretário de Estado americano declarou que o país “pode continuar a contar” com os EUA e que continuarão a lutar para devolver seu território e possibilitar sua recuperação econômica e maiores oportunidades, além de seu caminho à adesão à União Europeia. EFE