Yoko Kamikawa durante uma entrevista coletiva nesta quarta-feira, em Tóquio. EFE/ANDRONIKI CHRISTODOULOU/POOL

G7 reafirma apoio a Kiev e a manutenção de sanções contra Moscou

Tóquio, 8 nov (EFE).- Os ministros das Relações Exteriores do G7 reafirmaram, nesta quarta-feira, seu apoio e “unidade” em relação à Ucrânia e disseram que continuarão implementando sanções “rígidas” contra Moscou, durante o segundo e último dia de sua reunião em Tóquio.

“À medida que aumentam as tensões no Oriente Médio, é importante que o G7 esteja unido para enviar uma mensagem clara à comunidade internacional de que o nosso firme compromisso de apoiar a Ucrânia nunca irá vacilar”, disse a ministra das Relações Exteriores japonesa, Yoko Kamikawa, no início da reunião.

A reunião de chanceleres do Grupo dos Sete (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido), a que se juntou o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, começou ontem e chegará ao fim nesta quarta com uma entrevista coletiva da presidência, ocupada atualmente pelo Japão.

A chanceler japonesa fez esta afirmação no início do segundo dia de reuniões, em uma sessão que durou cerca de 80 minutos.

O Japão disse que continuará implementando sanções contra a Rússia e prestando assistência à Ucrânia, especialmente no processo de recuperação e reconstrução a longo prazo.

Neste sentido, as sete maiores economias industrializadas garantiram na sua declaração conjunta que estão trabalhando para envolver seus setores privados na recuperação econômica da Ucrânia.

Como resultado das conversas de hoje, os chanceleres do G7 afirmaram que permanecerão unidos na sua posição de impor sanções duras contra a Rússia e de fornecer forte apoio à Ucrânia, “mesmo na atual situação internacional”, segundo a presidência japonesa em um comunicado. .

Também se comprometeram a acelerar os esforços para a recuperação e reconstrução da Ucrânia e a trabalhar para uma “fórmula de paz” com seus parceiros internacionais.

No comunicado publicado ao término do encontro em Tóquio, os ministros sustentaram que, em suas respectivas jurisdições, os ativos soberanos da Rússia “permanecerão congelados até que pague pelos danos causados à Ucrânia”.

A carta também afirma que o Grupo dos Sete está aumentando seus esforços para ajudar a Ucrânia a satisfazer suas necessidades de preparação para o Inverno (no hemisfério norte), e assim continuando a fornecer assistência energética.

“Reafirmamos o nosso objetivo de limitar as receitas energéticas e as futuras capacidades extrativas da Rússia”, acrescentaram no comunicado.

Os ministros consideraram como “inaceitáveis” a “retórica nuclear irresponsável” da Rússia e a sua anunciada implantação de armas nucleares em Belarus, e ameaçaram com “consequências” para qualquer utilização de armas químicas, biológicas ou nucleares.

Também lamentaram a “militarização dos alimentos” por parte da Rússia, uma vez que “agravou as vulnerabilidades econômicas, exacerbou crises humanitárias já graves e aumentou a crise alimentar global e a desnutrição em todo o mundo”.

A declaração, tal como aconteceu com o texto adotado na cúpula do grupo em Hiroshima, em maio, inclui mais uma vez um apelo “a terceiros” para que deixem imediatamente de fornecer apoio material à Rússia e pede a Moscou que retire suas tropas dos territórios ucranianos.

Durante as sessões de hoje, que incluíram ministros das Relações Exteriores de países parceiros, o chanceler ucraniano, Dmytro Kuleba, também participou por via eletrônica, segundo a presidência japonesa. EFE