Cairo (EFE).- Mais de 100 trabalhadores da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA) foram mortos no mês passado devido aos bombardeios de Israel na Faixa de Gaza, realizados em resposta a um ataque do grupo islâmico palestino Hamas em 7 de outubro, informou a organização nesta sexta-feira.
“Devastados. Mais de 100 colegas da UNRWA foram confirmados como mortos em um mês. Pais, professores, enfermeiros, médicos, equipe de apoio”, disse o comissário-geral da agência da ONU, Philippe Lazzarini, na rede social X (ex-Twitter).
O representante da ONU acrescentou que a organização “está de luto”, assim como os palestinos e israelenses, e lembrou que “para encerrar essa tragédia, é necessário um fim das hostilidades agora”.
De acordo com a UNRWA, esse é o maior número de trabalhadores humanitários da ONU mortos em um conflito na história da organização.
Cerca de um terço desses trabalhadores morreu nas áreas central e sul da Faixa de Gaza, onde as autoridades israelenses pediram aos habitantes para que se deslocassem devido à operação terrestre em andamento no norte do enclave palestino.
Segundo a ONU, a maioria deles perdeu a vida em suas casas e com suas famílias, enquanto cerca de 30 funcionários da UNRWA ficaram feridos.
Diante dessa tragédia, a bandeira da ONU será hasteada a meio mastro na segunda-feira, 13 de novembro, como sinal de respeito e luto em homenagem aos trabalhadores humanitários que perderam suas vidas na Faixa de Gaza no último mês.
O porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, disse na quarta-feira passada que, quando a guerra na Faixa de Gaza terminar, “será preciso prestar contas, e os procedimentos existentes da ONU serão seguidos quando seus funcionários morrerem” em conflitos. EFE