Genebra (EFE) – A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta terça-feira que mais pessoas podem começar a morrer de doenças do que de atos de guerra na Faixa de Gaza, devido à propagação de doenças infecciosas que podem ser rapidamente fatais para pessoas com o organismo debilitado, principalmente crianças.
“Começaremos a ver mais pessoas morrendo de doenças do que de bombardeios se as necessidades mínimas de saúde da vida não forem atendidas novamente”, disse a porta-voz da organização, Margaret Harris.
No início da trégua, há cinco dias, a OMS realizou uma rápida avaliação da situação em Gaza e identificou que os problemas de saúde mais graves eram a falta de alimentos, água e saneamento.
Também observou a escassez aguda de profissionais de saúde, a falta de consultas médicas e o acúmulo de lixo ao redor dos hospitais, que também têm sido usados por civis como abrigos.
Nesse contexto, as doenças respiratórias e a diarreia são de grande preocupação para a OMS, pois uma criança que não recebe tratamento (muito simples em uma situação comum) pode morrer em poucas horas devido à desidratação no último caso.
A avaliação dos hospitais constatou uma situação geral muito crítica também devido à falta de combustível para operar equipamentos essenciais e à falta de todos os tipos de medicamentos.
Durante os últimos dias da trégua, que deve expirar na quinta-feira, a OMS entregou suprimentos médicos à Faixa de Gaza, em particular equipamentos de trauma para tratar os feridos pelas explosões. EFE