O príncipe Harry. EFE/Arquivo/ANDY RAIN

Príncipe Harry receberá indenização do Mirror Group por caso de escutas telefônicas

Londres (EFE)- O príncipe Harry da Inglaterra receberá uma “compensação adicional substancial” do Mirror Group Newspapers (MGN) em relação a uma série de demandas pendentes em um caso de escutas telefônicas, informou nesta sexta-feira sua equipe jurídica.

O advogado David Sherborne, que representa o filho mais novo do rei Charles III, revelou que seu cliente chegou a um acordo financeiro com o grupo, após uma audiência no Tribunal Superior de Londres, na qual Harry não estava presente.

Sherborne disse que o MGN concordou em indenizar o príncipe por danos e também arcará com todos os custos decorrentes do processo, incluindo custos individuais e conjuntos, que podem chegar a cerca de 400 mil libras.

“Estamos satisfeitos por termos chegado a esse acordo, que proporciona à nossa empresa maior clareza para virar a página de eventos que ocorreram há muitos anos e pelos quais pedimos desculpas”, declarou em comunicado um porta-voz do MGN.

Em comunicado lido por Sherborne em nome de Harry, o príncipe destacou a mudança positiva que a resolução deste caso trará.

“Como eu disse em dezembro, a nossa missão continua. Acredito na mudança positiva que isso trará para todos nós. Essa é a razão pela qual eu comecei e continuarei até o fim”, afirmou.

Harry também criticou o jornalista Piers Morgan – ex-editor do Mirror – pelo que chamou de “ataques contínuos” contra ele.

“Apelamos novamente às autoridades para que cumpram a lei e mostrem que ninguém está acima dela. Isso inclui Morgan, que, como editor, sabia perfeitamente bem o que estava acontecendo, como o juiz constatou”, acrescentou.

Em dezembro, o juiz Timothy Fancourt decidiu que o príncipe foi vítima de hacking pelo grupo para obter informações exclusivas sobre sua vida privada e determinou que ele deveria receber uma indenização de 140.600 libras.

O Tribunal Superior de Londres lhe deu razão em 15 dos 33 artigos de jornal que, de acordo com Harry, foram baseados em informações obtidas por meios ilegais entre 2003 e 2009.

O príncipe – que vive nos Estados Unidos com sua esposa, Meghan Markle, e seus dois filhos – processou a empresa dona dos tabloides “Sunday Mirror”, “Daily Mirror” e “Sunday People” – acusando-a de ter usado práticas duvidosas como escutas telefônicas e contratação de detetives para obter informações. EFE