Vladimir Putin. EFE/Arquivo/SERGEI ILNITSKY

Putin sugere que Ucrânia está por trás de ataque terrorista em Moscou

Moscou (EFE).- O presidente da Rússia, Vladimir Putin, sugeriu nesta segunda-feira que a Ucrânia está por trás do ataque terrorista de sexta-feira em uma casa de espetáculos nos arredores de Moscou, que matou 139 pessoas e foi imediatamente reivindicado pelo Estado Islâmico (EI).

“E os nazistas, como se sabe, nunca tiveram escrúpulos em usar os meios mais sujos e desumanos para alcançar seus objetivos”, declarou Putin durante reunião sobre as medidas a serem tomadas após o ataque e que foi transmitida ao vivo pela televisão.

Putin lembrou que justamente agora é quando a contraofensiva ucraniana fracassou “completamente”, de modo que a Ucrânia precisa marcar pontos com seus financiadores ocidentais.

Ao mesmo tempo que pede respostas para muitos perguntas, ele mesmo disse que o atentado à casa de espetáculos Crocus City Hall lembra a fórmula habitual de Kiev.

“É necessário responder à pergunta: por que os terroristas, depois de cometerem o crime, tentaram fugir pela Ucrânia, quem estava esperando por eles?”, perguntou Putin

Além disso, ele também questionou quem se beneficia de um ataque que foi “um ato de intimidação” e que ocorreu exatamente no dia seguinte de ter sido declarado presidente eleito.

“Esse crime pode ser apenas um elo em uma série de tentativas daqueles que estão lutando desde 2014 contra nosso país com as mãos do regime neonazista em Kiev”, afirmou.

Putin denunciou as tentativas dos EUA de “persuadir seus satélites e outros países do mundo de que, de acordo com seus dados de inteligência, supostamente, não há vestígios de Kiev no ataque a Moscou, que o ato sangrento foi cometido por seguidores do Islã, membros da organização proibida na Rússia, o EI”.

“Como os islâmicos radicais, que se posicionam como muçulmanos ortodoxos, que professam o que é conhecido como Islã puro, cometem barbaridades e crimes horríveis no mês sagrado para os muçulmanos, o Ramadã?”, perguntou Putin.

O presidente russo voltou a se perguntar se “as organizações radicais e terroristas islâmicas estão realmente interessadas em fazer ataques contra a Rússia, que hoje defende uma solução justa para o conflito agudo no Oriente Médio”.

Ao mesmo tempo, admitiu que aqueles que apoiam Kiev “não querem ser cúmplices do terror e patrocinadores do terrorismo. Mas há, de fato, muitas dúvidas.

O EI reivindicou a responsabilidade pelo ataque em vários vídeos, e a Ucrânia negou categoricamente ter algo a ver com o atentado. EFE