EFE/Andre Borges

Macron discute agenda política global com Lula no último dia de visita ao Brasil

Brasília (EFE).- Os presidentes de Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e França, Emmanuel Macron, discutem questões regionais e globais nesta quinta-feira, no último dia da visita de três dias do segundo ao Brasil.

Lula recebeu Macron com honras no Palácio do Planalto, depois de terem estado juntos na Amazônia e no Rio de Janeiro, onde discutiram questões ambientais, de cooperação e de defesa.

A cerimônia de boas-vindas foi muito mais pomposa do que em outras visitas de Estado e Macron caminhou por um tapete vermelho de mais de cem metros de comprimento, entre soldados do batalhão dos Dragões da Independência, até o palácio presidencial.

Em Brasília, a agenda está focada em questões regionais e globais espinhosas, e a discussão incluirá os conflitos em Ucrânia e Faixa de Gaza, além das dificuldades do processo eleitoral em andamento na Venezuela.

Espera-se também que eles discutam suas diferentes perspectivas sobre o acordo que União Europeia e Mercosul vêm negociando há duas décadas, que após o consenso alcançado em 2019 continua bloqueado, principalmente devido à rejeição da França e de outros países do bloco europeu.

Na quarta-feira, durante um evento empresarial em São Paulo, Macron reiterou sua oposição a esse acordo, que considera ultrapassado, com bases estabelecidas há duas décadas, e voltou a insistir na abertura de uma nova negociação adaptada à realidade do mundo atual, especialmente em termos de meio ambiente.

Os dois governos assinarão cerca de 20 acordos bilaterais, que visam consolidar uma relação que tanto Brasil quanto França descrevem como “excelente”.

Após uma reunião privada, os dois presidentes devem fazer uma declaração conjunta a jornalistas e, em seguida, almoçar no Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores.

A última atividade de Macron no Brasil será uma visita ao Congresso Nacional, onde será recebido pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, antes de retornar a Paris. EFE