Jerusalém (EFE).- O total de mortos na Faixa de Gaza subiu para 33.360, depois das 153 vítimas fatais registradas nas últimas 24 horas em decorrência dos bombardeios de Israel, segundo informou nesta terça-feira o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.

No 186º dia de guerra, o fogo israelense também deixou pelo menos 60 novos feridos, elevando o número total para 75.993, enquanto outros 7.000 corpos permanecem sob os escombros.

As equipes de Defesa Civil do enclave também afirmaram nesta terça-feira ter recuperado mais de 400 corpos após a retirada das tropas israelenses de Khan Yunis depois de quatro meses de combates; a maior parte deles do hospital Al Shifa e seus arredores, como o governo do Hamas já havia denunciado dias atrás.

A agência de notícias oficial palestina “Wafa” informou que muitos desses corpos estavam em decomposição e que as equipes de Defesa Civil não têm capacidade para responder aos “numerosos relatos” de famílias de Gaza que afirmam que seus filhos estão desaparecidos há semanas.

Alguns destes corpos foram levados para o hospital Abu Yousef Al-Najjar em Rafah, no sul da Faixa, enquanto outros foram enterrados pelos próprios cidadãos.

Diante desse cenário, as equipes de Defesa Civil instaram a comunidade internacional a permitir a entrada de maquinaria especializada para chegar a mais vítimas.

Ontem, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, alertou que havia uma data para o início da invasão terrestre de Rafah, o que sugere que Israel forçará em breve novamente o deslocamento de centenas de milhares de pessoas entre as mais de 1,4 milhão de pessoas que vivem aglomeradas nessa área.

O chefe do governo israelense insistiu que entrar nesta cidade fronteiriça com o Egito é necessário para alcançar “uma vitória completa contra o Hamas”. EFE