Copenhague (EFE).- O incêndio que assola nesta terça-feira o edifício histórico da antiga bolsa de valores de Copenhague, na capital da Dinamarca, continua fora de controle ao fim de cinco horas e parte do telhado desabou, embora não tenha havido feridos.
Quando o incêndio, cujas causas ainda são desconhecidas, foi declarado, às 7h30 (hora local), dez trabalhadores da empresa que está restaurando o edifício – em obras desde 2022 – estavam lá dentro, e saíram por conta própria e ilesos, informou a imprensa dinamarquesa.
O incêndio afetou metade do edifício e, embora os bombeiros tenham conseguido evitar que se espalhasse para o outro, ainda não conseguiram controlá-lo.
“Ainda estamos combatendo as chamas. Surgiram novas complicações. À medida que as estruturas de apoio internas arderam, os muros foram desestabilizados. É nisso que estamos nos concentrando agora”, disse o diretor dos serviços de emergência de Copenhague, Jakob Vedsted Andersen.
Andersen destacou que o prédio está cercado por andaimes e que não se pode descartar que a construção desmorone.
O incêndio começou debaixo da cobertura, que tem elementos de cobre e é de difícil acesso, o que permitiu que as chamas ganhassem intensidade e se espalhassem pelo edifício.
O prédio, um dos mais antigos preservados na capital dinamarquesa, foi construído entre 1619 e 1623 por ordem do rei Cristiano IV e funcionou como bolsa de valores até 1974.
Atualmente era sede da Câmara de Comércio e sua fachada e cobertura estavam sendo restauradas, processo que estava previsto para ser concluído em 2029.
“Esta manhã acordamos com uma imagem triste, quando a fumaça nos telhados de Copenhague refletiu o incêndio destrutivo na bolsa de valores”, disse o rei Frederico X em um comunicado, onde agradeceu ao pessoal de emergência e à polícia pelo seu trabalho para evitar seriam lesões.
Várias alas do Castelo de Christiansborg, sede do Parlamento, que fica perto do edifício em chamas, foram evacuadas por precaução.
A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, descreveu o incêndio como “horrível” e lamentou que “um pedaço da história dinamarquesa estivesse queimando”, enquanto o ministro da Defesa, Troels Lund Poulsen, se referiu ao evento como “nosso momento Notre Dame, lembrando o incêndio da famosa catedral parisiense em 2019.
Segundo especialistas citados pela imprensa local, é possível que as obras de remodelação tenham aumentado o risco de incêndio, embora sua causa específica ainda seja desconhecida. EFE
