O campo de refugiados de Al Nusairat, em Gaza. EFE/MOHAMMED SABER

Últimos ataques de Israel contra Gaza deixam 54 mortos; total chega a 34.151

Jerusalém (EFE).- Os ataques de Israel contra a Faixa de Gaza nas últimas 24 horas deixaram pelo menos 54 mortos e mais de 100 feridos, segundo dados divulgados nesta segunda-feira pelo Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.

Dessa forma, no 199º dia da ofensiva israelense desde 7 de outubro do ano passado, o número total de mortos chega a 34.151, enquanto o total de feridos é agora de 77.084.

As autoridades de Gaza estimam que entre 7.000 e 8.000 vítimas permanecem sob os escombros e nas estradas, em locais onde as equipes de emergência não conseguem chegar devido aos bombardeios incessantes e à dificuldade de localizá-las.

A agência de notícias palestina “Wafa” informou que o Exército israelense continua a lançar ataques aéreos e de artilharia em todo o enclave palestino contra campos de refugiados, casas e mesquitas, onde os moradores de Gaza se refugiam.

“Vários cidadãos foram mortos e outros ficaram feridos em um ataque israelense contra a mesquita Al Taqwa, no campo de Bureij, no centro da Faixa de Gaza”, relatou a “Wafa”.

Em um outro dos campos desta zona da Faixa, em Nuiserat, também foram registrados bombardeios israelenses que deixaram civis mortos e feridos, incluindo crianças, segundo a agência palestina.

Em Khan Younis, no sul do enclave, apesar da retirada das tropas israelenses em 8 de abril, após afirmarem ter cumprido seus “objetivos militares”, fontes locais confirmaram à “Wafa” que o fogo israelense não cessou.

Precisamente neste domingo, equipes de Defesa Civil recuperaram pelo menos 60 corpos enterrados em uma vala comum do hospital Nasser, localizado nesta cidade do sul, sitiada em diversas ocasiões por tropas israelenses.

Além disso, fontes médicas na Faixa relataram que o número de vítimas dos ataques israelenses a duas casas em Rafah, cidade que faz fronteira com o Egito e último refúgio dos habitantes de Gaza, aumentou para 26, incluindo 16 crianças e seis mulheres.

No último dia 16 de abril, a organização ONU Mulheres alertou que pelo menos 6.000 das 10.000 mulheres assassinadas em Gaza eram mães de cerca de 19.000 crianças. EFE