Khan Yunis. EFE/Mohammed Saber

Guerra em Gaza chega ao 200º dia com 32.400 mortos e bombardeios contínuos

Jerusalém (EFE).- A guerra na devastada Faixa de Gaza chegou nesta terça-feira ao seu 200º dia, com pelo menos 32 mortos nas últimas 24 horas em decorrência dos incessantes ataques israelenses, o que elevou o total de vítimas mortais para 34.183, além de cerca de 11 mil corpos que acredita-se que ainda estejam sob os escombros.

“A ocupação israelense cometeu três massacres contra famílias na Faixa de Gaza, deixando 32 mortos e 59 feridos em hospitais durante as últimas 24 horas”, informou hoje o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, que reportou ainda um total de 77.143 feridos desde o início da guerra em 7 de outubro.

Os bombardeios generalizados persistiram em toda a Faixa, com ataques contra as zonas costeiras de Al Zawaida e Deir al Balah, no centro do enclave, mas também contra a praia do campo de refugiados de Nuseirat.

“A artilharia da ocupação teve como alvo o norte do campo de Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza, enquanto caças atacaram a rua Thalatheni, no centro da Cidade de Gaza (norte)”, relataram hoje fontes palestinas, segundo a agência de notícias oficial “Wafa”.

Houve também bombardeios e ataques de artilharia tanto na cidade de Beit Hanoun, no norte da Faixa, quanto em Beit Lahia (centro), onde “veículos militares e drones abriram fogo contra (os municípios de) Al Mughraqa e Al Zahra” .

Por sua parte, o Exército israelense afirmou ter atacado “25 alvos do Hamas” com aeronaves nas últimas 24 horas, incluindo infraestruturas militares, postos de observação e de lançamento, segundo um comunicado militar.

Além disso, confirmou ter eliminado vários milicianos por “disparos de franco-atiradores” no corredor central, criado durante esta guerra por Israel e que corta a Faixa de norte a sul, e também no campo de refugiados de Bureij (centro), onde um avião bombardeou supostos combatentes “escondidos perto de um abrigo civil”, detalhou o comunicado israelense.

A equipe de Defesa Civil da Faixa, independente do Hamas, confirmou ontem à noite que recuperou pelo menos 283 corpos de uma vala comum encontrada no sábado no hospital Nasser, na cidade de Khan Younis, no sul, de onde o Exército israelense se retirou no dia 7 de abril, após quatro meses de combates na área.

Entre os cadáveres estão mulheres e idosos, alguns com as mãos algemadas e nus, o que sugere que foram executados.

Além disso, o paradeiro de cerca de 2.000 pessoas que estavam presentes no complexo médico quando este foi sitiado pelas forças israelenses, há mais de dois meses, ainda é desconhecido. EFE