Joe Biden EFE/SHAWN THEW

Biden assina ajuda à Ucrânia e anuncia que começará a chegar nas próximas horas

Washington (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sancionou nesta quarta-feira um projeto de lei que concede US$ 61 bilhões em ajuda militar à Ucrânia e anunciou que as novas armas começarão a chegar às trincheiras do país nas próximas horas.

A Ucrânia é o destino principal em um pacote de US$ 95 bilhões aprovado pelo Congresso, que também inclui ajuda militar para Israel e Taiwan, e força a matriz chinesa do TikTok a vender o aplicativo ou enfrentar um veto no país.

“Hoje é um bom dia para a América, um bom dia para a Europa e um bom dia para a paz mundial”, disse o presidente a jornalistas após assinar o projeto de lei na Casa Branca.

Biden vinha pedindo ao Congresso há meses que aprovasse o novo pacote de ajuda externa, mas a maioria republicana na Câmara dos Representantes o havia bloqueado até agora por causa da oposição da ala linha-dura do partido ao financiamento contínuo para os ucranianos, posição apoiada pelo ex-presidente Donald Trump.

Em sua mensagem à imprensa, o mandatário anunciou que os EUA começarão a enviar nas próximas horas as armas que o governo ucraniano está implorando para deter o avanço russo no campo de batalha.

“Nas próximas horas, literalmente nas próximas horas, começaremos a enviar munições de defesa aérea, artilharia para sistemas de foguetes e veículos blindados para a Ucrânia”, prometeu Biden.

Minutos depois, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, anunciou em comunicado o envio do primeiro pacote de armas avaliado em US$ 1 bilhão, que inclui mísseis de defesa aérea, veículos blindados, armas antitanque e vários tipos de munição.

Os EUA têm vários estoques militares de armas prontos para serem entregues à Ucrânia em países europeus membros da Otan, como Polônia e Alemanha, que estão próximos da guerra.

Algumas dessas armas podem chegar ao campo de batalha no leste da Ucrânia em menos de uma semana, disseram autoridades americanas ao jornal “The Washington Post”, sob condição de anonimato.

O envio de armas dos EUA para a Ucrânia tem sido coordenado desde o início da guerra em 2022 a partir das instalações do Pentágono na Alemanha.

Entre as armas mais necessárias para as forças ucranianas que resistem ao avanço da Rússia e que poderiam ser distribuídas mais rapidamente estão munição de artilharia e projéteis de 155 mm, bem como defesas aéreas.

Biden criticou os republicanos por bloquearem a ajuda à Ucrânia enquanto “amigos” do presidente da Rússia, Vladimir Putin, referindo-se ao Irã, China e Coreia do Norte, forneciam drones, munição e mísseis para o país.

Ele afirmou ainda que, se os países ocidentais não tivessem cerrado fileiras com a Ucrânia, a coesão da Otan teria sido enfraquecida e a segurança nacional dos EUA estaria em risco.

“Como venho argumentando há meses, isso afeta diretamente os interesses de segurança nacional dos EUA. Se Putin for bem-sucedido na Ucrânia, a próxima ação das forças russas poderá ser um ataque a um aliado da Otan”, declarou Biden. EFE