EFE/EPA/HAITHAM IMAD

Sobe para 34.262 o total de mortos na ofensiva de Israel contra a Faixa de Gaza

Jerusalém/Rafah (EFE).- Os ataques de Israel contra a Faixa de Gaza nas últimas 24 horas deixaram pelo menos 79 mortos e 86 feridos, segundo dados fornecidos nesta quarta-feira pelo Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.

Dessa forma, o total de mortos desde o último dia 7 de outubro chegou agora a 34.262, enquanto o número de feridos é de 77.229, a maioria deles mulheres e crianças.

As autoridades de Gaza estimam que entre 7.000 e 8.000 vítimas permanecem sob os escombros e nas estradas, locais onde as equipes de emergência não conseguem localizá-las, nem alcançá-las devido aos incessantes bombardeios.

Apesar destas circunstâncias, a pasta de Saúde de Gaza continua a recolher dados sobre os desaparecidos para tentar dar uma resposta aos familiares.

“Fazemos um apelo aos familiares dos desaparecidos da guerra em Gaza para que completem as suas informações”, solicitaram em um comunicado.

Fontes locais palestinas garantiram à Agência EFE que o fogo israelense persiste em todo o enclave após mais de 200 dias de ofensiva.

“Foram relatados ferimentos entre cidadãos em consequência de bombardeios de artilharia contra diversas áreas dos bairros da Cidade de Gaza e do norte da Faixa”, relatou a agência de notícias palestina “Wafa”.

A “Wafa” também reportou novos ataques aéreos e de artilharia contra os campos de refugiados de Nuseirat e Bureij, ambos no centro da Faixa de Gaza.

Fontes locais também informaram à EFE de mais três novas mortes devido a um bombardeio israelense no leste da cidade de Rafah, onde vivem mais de 1,4 milhão de pessoas com medo de que a anunciada invasão do Exército israelense chegue a qualquer momento.

Os três mortos eram membros da família Bahabsa, cuja casa foi totalmente destruída.

Pelo menos 310 corpos já foram exumados de várias valas comuns encontradas nos pátios do hospital Nasser, em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, de onde as tropas israelenses se retiraram no início de abril, após quatro meses de combates na área.

A ONU pediu ontem uma investigação “clara, crível e transparente” para ajudar a esclarecer o que aconteceu tanto neste hospital como em Al Shifa, no norte de Gaza, de onde também foram recuperados mais de 200 corpos. EFE