Rafah (EFE).- O Exército de Israel matou 34 palestinos na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas, elevando assim para 34.488 o total de vítimas mortais no enclave palestino desde o início da guerra em 7 de outubro do ano passado.
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, “a ocupação israelense cometeu três massacres contra famílias na Faixa”, que deixaram 34 mortos e 68 feridos, segundo dados dos hospitais do enclave.
A pasta de Saúde detalhou que, além dos mortos, a ofensiva israelense deixou 77.643 feridos desde que a guerra eclodiu, após um ataque do Hamas contra Israel que deixou quase 1.200 mortos.
“Basta de tanto sangue”, implorou hoje em declarações à Agência EFE Ahmad Abu Taha, parente de algumas das últimas vítimas mortais e cuja família chegou a Rafah após fugir de Khan Younis, depois de vários irmãos terem morrido ali vítimas da agressão israelense.
Com os olhos vermelhos, Abu Taha relatou que vários de seus familiares estavam reunidos em uma casa para o funeral de um parente falecido de causas naturais. Entre os mortos estão dois de seus primos, a esposa de seu tio e o pai dela, além de outros parentes.
“Eles vieram para Rafah porque era uma área segura, mas não há segurança. Destruíram a casa inteira e dez pessoas morreram e a mais nova não tinha mais de três ou quatro meses de idade. Os israelenses dizem que é uma área segura, mas não há segurança em Rafah ou em qualquer lugar de Gaza”, disse Abu Taha à EFE.
Desolado com a perda dos seus entes queridos, o palestino gritou indignado à EFE que não quer que a comunidade internacional lhes envie cupons de alimentos ou barracas, e que o que têm de fazer é parar de vender armas a Israel e impor uma trégua.
“Dizemos ao mundo que já basta, basta deste derramamento de sangue. Que venham nos ver. Não queremos os seus cupons, não queremos ajuda. Você tem que parar de vender armas aos israelenses. Preferimos morrer de fome do que por um ataque de um avião israelense. Apelo a todos para que consigam uma trégua. Basta!”, completou. EFE
