Joe Biden. EFE/Arquivo/Shawn Thew ARCHIVO

Biden insiste que não há equivalência entre os ataques de Hamas e Israel

Washington (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reiterou nesta quinta-feira que não reconhece a jurisdição do Tribunal Penal Internacional (TPI) e que não há comparação possível entre o ataque do Hamas em 7 de outubro e a resposta de Israel.

“Não reconhecemos essa jurisdição. Simples assim. Não acreditamos que o que Israel fez seja comparável ao que o Hamas fez”, disse Biden em entrevista coletiva conjunta na Casa Branca com o presidente do Quênia, William Ruto.

No início da semana, em comunicado, o político democrata chamou de “intolerável” e “vergonhoso” o fato de o procurador-geral do TPI ter solicitado a emissão de um mandado de prisão para o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e os líderes do Hamas por crimes de guerra.

O procurador-geral do TPI, Karim Khan, solicitou na segunda-feira mandados de prisão para Netanyahu e seu ministro da Defesa, Yoav Gallant, bem como para o líder do Hamas, Yahya Sinwar, e de seu gabinete político, Ismail Haniyeh, por crimes de guerra e crimes contra a humanidade na Faixa de Gaza.

Os EUA não ratificaram o Estatuto de Roma que estabeleceu o TPI e tradicionalmente se opõem a várias investigações da corte.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse no começo da semana que “o Hamas é uma organização terrorista brutal” que, em 7 de outubro, “realizou o pior massacre desde o Holocausto e ainda mantém dezenas de pessoas como reféns”.

Para o governo dos EUA, a decisão do procurador do TPI “pode prejudicar” as negociações para um acordo entre Israel e Hamas para um cessar-fogo na Faixa de Gaza e a libertação dos reféns. EFE