Jerusalém (EFE).- O grupo islamita palestino Hamas denunciou nesta quarta-feira que Israel intensificou sua violação do acordo de cessar-fogo assinado no Egito em outubro e assegurou que o Exército israelense ataca pessoas deslocadas no centro da Cidade de Gaza, além da chamada ‘linha amarela’.
A ‘linha amarela’ é o ponto para onde as tropas israelenses se retiraram dentro da Faixa como parte da primeira fase do acordo de cessar-fogo, e para onde os civis de Gaza estão proibidos de ir.
O porta-voz do Hamas, Hazem Qasem, destacou em sua mensagem que esses ataques provocaram “vários mártires e feridos”.
“Os contínuos assassinatos, as demolições de casas, o deslocamento de pessoas e a restrição da entrada de ajuda” por parte de Israel, em sua opinião, “confirmam que este inimigo continua cometendo um genocídio” contra os palestinos em Gaza, “com apenas uma mudança na intensidade, mas buscando os mesmos objetivos”.
Qasem fez um apelo aos países que mediaram o cessar-fogo e aos que se reuniram na cúpula realizada na cidade litorânea egípcia de Sharm el Sheij que tomem medidas “sérias” para deter as violações do referido pacto e obriguem Israel a respeitar o acordado.
As tropas israelenses ainda controlam mais de 50% do território de Gaza, embora o acordo de cessar-fogo assinado por Israel e Hamas em outubro preveja sua retirada total na segunda fase, ainda pendente de negociação através dos mediadores. EFE