EFE/MOHAMMED SABER

Ataques de Israel contra Gaza deixam 69 mortos e 110 feridos nas últimas 24 horas

Jerusalém (EFE).- Pelo menos 69 pessoas morreram e outras 110 ficaram feridas na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas, após novos ataques aéreos e de artilharia realizados pelas tropas de Israel no 160º dia de sua ofensiva contra o enclave palestino.

“O número de vítimas da agressão israelense aumentou para 31.341 mártires e 73.134 feridos desde 7 de outubro”, informou nesta quinta-feira o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.

Além disso, estima-se que cerca de 8.000 corpos permaneçam sob os escombros, enquanto, segundo a pasta de Saúde palestina, “a ocupação impede que ambulâncias e equipes de Defesa Civil cheguem até eles”.

Também esta manhã, pelo menos 15 moradores de Gaza, segundo fontes civis no terreno, foram mortos em dois ataques israelenses no norte e no centro da Faixa de Gaza.

No primeiro, cerca de seis pessoas morreram e outros 83 ficaram feridas por tiros, de acordo com fontes dos serviços de emergência, enquanto aguardavam a distribuição de ajuda humanitária na rotatória do Kuwait, no sul da Cidade de Gaza (norte), onde incidentes mortais como este se repetiram nas últimas semanas.

Já no centro do enclave, pelo menos nove pessoas foram mortas após um ataque aéreo israelense contra a casa da família Al Attar, no campo de refugiados de Bureij, relataram fontes no terreno à agência de notícias palestina “Wafa”.

Por sua vez, o Exército de Israel confirmou hoje novas operações militares no centro e no sul de Gaza, bem como a morte de uma dúzia de supostos milicianos tanto na cidade de Hamad, no sul – onde as tropas estão destacadas há 12 dias – como na área de Bani Suheila, ambas em Khan Younis (sul).

“Ontem, um morteiro disparado do centro de Gaza em direção ao kibutz Nahal Oz, no sul de Israel, caiu dentro da Faixa de Gaza. Em poucos minutos, os terroristas responsáveis ​​pela tentativa de lançamento foram atacados e eliminados”, informou hoje um comunicado militar israelense.

Em Gaza, após 160 dias de guerra por terra, mar e ar, 85% da população foi deslocada e cerca de 60% de todas as infraestruturas foram danificadas, segundo a ONU, com famílias inteiras amontoadas em barracas de plástico com quase nenhum alimento ou água potável.

Pelo menos 27 pessoas, a maioria crianças, morreram de desnutrição no norte do enclave, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. EFE