O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov. EFE/Arquivo/MAXIM SHIPENKOV

Lavrov afirma que objetivo dos EUA e da OTAN é destruir a Rússia

Moscou (EFE).- O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, afirmou nesta terça-feira que o objetivo dos Estados Unidos e da Otan na Ucrânia é derrotar a Rússia no campo de batalha para enfraquecê-la ou mesmo destruí-la.

“Não é segredo para ninguém que o objetivo dos EUA e de seus aliados da Otan é a vitória sobre a Rússia no campo de batalha como um mecanismo para enfraquecer significativamente ou mesmo destruir nosso país”, disse o chefe da diplomacia russa em entrevista publicada pela agência de notícias oficial “TASS”.

Lavrov indicou que as ações do “Ocidente coletivo” e do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, “que está sob seu controle, confirmam a natureza global da crise ucraniana”.

Em sua opinião, o principal beneficiário do conflito são os Estados Unidos, que estão tentando tirar o máximo proveito dele tanto econômica quanto estratégica e militarmente.

“Ao mesmo tempo, Washington está cumprindo uma importante tarefa geopolítica: romper os laços tradicionais entre a Rússia e a Europa e submeter seus satélites europeus a uma subserviência ainda maior”, opinou.

O ministro russo também declarou que Moscou está aberta a discutir “questões de segurança tanto no contexto da Ucrânia quanto em um contexto mais amplo, no nível estratégico”.

“Vamos esperar que amadureçam em Washington até que tomem consciência da decadência de sua política atual e que não há alternativa a relações conosco que não sejam baseadas no respeito mútuo, na igualdade, e que não levem em consideração os interesses legítimos da Rússia”, enfatizou.

Por outro lado, ressaltou que Kiev deve atender às demandas de Moscou ou então o Exército russo cuidará disso.

“As propostas de desmilitarização e desnazificação dos territórios sob o regime (de Kiev) e de eliminação das ameaças à segurança da Rússia a partir daí (…) são bem conhecidas do inimigo”, destacou o chefe da diplomacia russa.

No fim de semana, o presidente russo, Vladimir Putin, disse que o Kremlin estava pronto para “negociar com todas as partes envolvidas sobre soluções aceitáveis” na Ucrânia.

“Não somos nós que nos recusamos a negociar, são eles”, afirmou o líder russo.

Moscou não esconde que não vai parar até atingir seus objetivos, enquanto Kiev não vê possibilidade de negociar até a retirada dos russos de todo o seu território, incluindo a península da Crimeia, e desconfia das declarações de Putin sobre buscar uma solução negociada. EFE