O presidente da França, Emmanuel Macron. EFE/Arquivo/FILIP SINGER

Macron adota “novas disposições” sobre ajuda militar à Ucrânia

Paris (EFE).- O presidente da França, Emmanuel Macron, adotou “novas disposições para ajudar militarmente a Ucrânia” após os ataques russos da véspera contra várias cidades ucranianas, segundo anunciaram fontes da presidência francesa na madrugada desta terça-feira.

Macron se reuniu urgentemente ainda na noite de segunda-feira com o ministro da Defesa, Sebastien Lecornu, e a ministra das Relações Exteriores, Catherine Colonna, para avaliar a situação.

No final da reunião, já nas primeiras horas de terça-feira na França, fontes do Palácio do Eliseu, sede do Executivo francês, anunciaram que “o presidente tomou novas medidas para ajudar militarmente a Ucrânia e atender às necessidades de sua população”.

No entanto, essas mesmas fontes não ofereceram detalhes sobre essa nova ajuda militar a Kiev.

Ainda na segunda-feira, Macron afirmou que “a França condena veementemente esses ataques deliberados da Rússia em todo o território ucraniano e contra civis, que são uma mudança profunda na natureza desta guerra”.

Macron conversou nesta manhã com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, sobre os ataques com mísseis de cruzeiro contra alvos civis e infraestrutura em várias partes da Ucrânia, que causaram 14 mortes.

Os ataques, que atingiram Kiev pela primeira vez em mais de três meses, são considerados uma retaliação de Moscou aos avanços do Exército ucraniano nos últimos dias e à destruição parcial da ponte que liga a Crimeia à Rússia.

Macron expressou “extrema preocupação” com esses bombardeios e “reafirmou seu total apoio ao presidente Zelensky e o compromisso da França de aumentar seu apoio à Ucrânia em resposta às necessidades formuladas por Kiev, inclusive em termos de equipamento militar”, disseram as fontes do Eliseu.

Pouco antes, por meio de sua conta no Twitter, Zelensky escreveu que havia pedido a Macron para fortalecer a Força Aérea da Ucrânia.

O presidente ucraniano pediu ainda “uma dura reação europeia e internacional”, além de “aumentar a pressão sobre a Rússia”. O Eliseu, por sua vez, não entrou em detalhes sobre o reforço dessa ajuda militar. EFE