O líder opositor Aley Navalny,. EFE/Arquivo/Yuri Kochetkov

Movimento opositor de Navalny será reativado na Rússia

Moscou (EFE).- A equipe de Alexey Navalny anunciou nesta terça-feira a reativação do movimento político encabeçado pelo líder da oposição ao governo da Rússia – que está preso -, declarado como “extremista” em 2021 e tornado ilegal pela justiça do país. 

“Dezenas de milhares de pessoas na Rússia e Ucrânia foram mortas e, se não for feito nada agora, morrerão centenas de milhares mais. Façamos tudo o que for possível para evitar isso”, indicaram representantes do movimento, através do canal mantido no Telegram.

Durante a campanha de Navalny à presidência, em 2018, o opositor criou uma grande rede regional com “dezenas de sedes em todo o país e milhares de voluntários”, destaca a mensagem enviada pela equipe do político, a maioria que está exilada fora da Rússia.

“Faz um ano, Putin, se preparando para a guerra, decidiu destruir tudo isso. Mas, agora estamos de volta. Enfrentaremos Putin e sua sangrenta guerra com a Ucrânia. Para isso, reconstruiremos uma rede de contatos em toda a Rússia”, diz o texto.

Organizações associadas a Navalny são ilegais desde 2021

Em 10 de junho de 2021, a justiça Rússia colocou na ilegalidade várias organizações associadas a Navalny, entre elas, o movimento que o político lidera, o Fundo de Luta Contra a Corrupção, além do Fundo para a Proteção dos Direitos dos Cidadãos, ambos considerados “extremistas”.

O próprio líder opositor optou por, em 29 de abril do ano passado, se antecipar à decisão judicial e dissolver a rede de escritórios para proteger os colaboradores de uma eventual perseguição.

Hoje, a equipe do ativista publicou um formulário para selecionar novos voluntários para o movimento, sob o lema “nenhuma guerra, nenhuma mobilização, liberdade para Navalny”.

“Precisamos de todos: artistas, advogados, hackers ou apenas pessoas dispostas a imprimir e distribuir panfletos. Qualquer pessoa que entenda que precisa fazer agora sua parte para ajudar os outros”, explicou o texto. EFE