Zelensky durante a visita a Kherson nesta segunda-feira. EFE/EOLEG PETRASYUK

Zelensky visita cidade de Kherson, e bandeira da Ucrânia é hasteada

Lviv (EFE).- O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, visitou nesta segunda-feira a cidade de Kherson, capital da província homônima do sul do país, libertada recentemente da ocupação russa, e hasteou a bandeira nacional em um ato solene.

Essa foi a primeira visita do chefe de Estado à cidade, uma das principais da Ucrânia, que foi a única capital provincial que as tropas de Moscou conseguiram controlar militarmente em quase nove meses de invasão.

Zelensky chegou acompanhado por vários funcionários e militares do alto escalão, entre eles, Andrii Yermak e Kyrylo Tymoshenko, chefe e subchefe do gabinete presidencial, respectivamente, além de vários ministros.

Yermak publicou hoje, no Twitter, imagens da cerimônia de hasteamento da bandeira na praça central de Kherson, onde estão os edifícios administrativos municipais, que dois dias atrás, apenas, estavam nas mãos do exército russo.

Após a execução do hino nacional, diante de um emocionado Zelensky, um dos militares presentes ao ato hasteou a bandeira nacional da Ucrânia.

Zelensky ainda teme ataques a Kherson

Na última sexta-feira, Zelensky anunciou que Kherson voltava a ser controlada pela Ucrânia, depois que as tropas russas decidiram se retirar do rio Dnieper, que serve de divisa natural entre o norte e o sul da província.

Um dia depois, o gabinete presidencial do país infirmou que o chefe da administração militar de Kherson, Yaroslav Yanushevych, os funcionários da Polícia Nacional, e o Serviço de Segurança da Ucrânia já tinham começado a trabalhar na cidade.

O Kremlin garantiu que a retirada das tropas para a a outra margem do rio se deve a uma reorganização do ‘front’ e a uma mudança de estratégia na ocupação, que foi iniciada em 24 de fevereiro.

O governo da Ucrânia, por sua vez, teme que os russos ainda possam atacar a capital de Kherson, a partir do outro lado do Dnieper e fizeram apelo à população para que ainda não retorne para a província, devido as minas terrestres instaladas na região. EFE