Washington (EFE).- O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, pediu nesta quinta-feira para que os congressistas dos Estados Unidos apoiem a descarbonização da energia, uma mudança na política contra as drogas e a reforma agrária colombiana.
Em uma série de reuniões com congressistas democratas e republicanos no Capitólio, em Washington, Petro também colocou em cima da mesa a importância da conferência internacional sobre a crise venezuelana que convocou para a próxima semana, em Bogotá.
O líder colombiano se encontrou com a ex-presidente da Câmara dos Representantes Nancy Pelosi e vários membros do Comitê de Relações Exteriores do Senado, incluindo o seu presidente, Bob Menéndez, e os legisladores Jim Risch e Tim Kaine.
Petro apresentou aos congressistas as suas propostas para enfrentar a crise climática, que incluem a transformação da energia no continente em energias renováveis e a proteção das florestas, disse o próprio presidente à Agência EFE.
O mandatário propôs alcançar um “acordo americano comum, do Alasca à Patagônia, para incentivar a energia limpa e transmiti-la”.
Luta contra o tráfico de drogas
Em relação à luta contra o tráfico de drogas, o presidente colombiano disse que “uma mudança de estratégia” é necessária para conter o consumo crescente de fentanil nos Estados Unidos, o que levou a milhares de mortes por overdose.
Menéndez, um influente congressista democrata, disse à imprensa que não houve muito tempo na reunião para abordar a questão da Venezuela, poucos dias antes de uma cúpula de ministros das Relações Exteriores, promovida por Petro, ser realizada em Bogotá para discutir a política em relação ao país sul-americano.
“Disse que me oponho ao levantamento das sanções contra o regime de Maduro se este não der um passo em frente nas negociações e no caminho para a democracia”, declarou o senador.
Petro repetiu em várias ocasiões que uma das suas mensagens na sua primeira visita oficial aos Estados Unidos é “zero sanções e mais democracia”.
Menéndez não é o único a criticar o interesse do governo colombiano em propiciar um relaxamento da política dos EUA em relação à Venezuela.
O senador republicano Marco Rubio, um crítico fervoroso do governo colombiano, rejeitou a posição de Petro em relação à Venezuela.
“Infelizmente, após muitos anos de cooperação, temos agora na Colômbia um presidente que vem aos Estados Unidos para se encontrar com o presidente Biden e pedir a esta gestão que alivie as sanções contra Maduro”, disse o legislador, que não participou na reunião com o presidente. EFE