Jens Stoltenberg. EFE/Arquivo/OLIVIER MATTHYS

Secretário-geral da Otan visita Ucrânia pela 1ª vez desde o início da guerra

Bruxelas (EFE).- O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, chegou à Ucrânia nesta quinta-feira, em sua primeira visita ao país desde o início da invasão empreendida pela Rússia em fevereiro de 2022, segundo disseram à EFE fontes da Aliança Atlântica.

“O secretário-geral da Otan está na Ucrânia. Daremos mais informações assim que possível”, disseram as fontes aliadas, sem dar mais detalhes sobre a agenda do político norueguês no país.

A Otan enfatizou em várias ocasiões como organização que não está em guerra com a Rússia, apesar da assistência prática e do apoio de material não letal que está fornecendo, incluindo combustível, suprimentos médicos, sistemas móveis de satélite ou pontes flutuantes.

Até agora, Stoltenberg não havia viajado para a Ucrânia, apesar de líderes dos países-membros da Aliança terem visitado Kiev em diferentes ocasiões.

A Ucrânia é, no entanto, uma das principais preocupações da Otan e voltará a ser protagonista na próxima cúpula de líderes aliados que acontecerá em julho em Vilnius e para a qual está convidado o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Reunião de chanceleres

Na última reunião dos chanceleres da Aliança em Bruxelas, em 4 de abril, estes encorajaram a Ucrânia a continuar as reformas, “mesmo em tempos difíceis” por causa da guerra de agressão lançada pela Rússia, para se aproximar da área euro-atlântica.

Nessa reunião também foi realizada, após ​​vários anos, uma Comissão Otan-Ucrânia, a principal plataforma de diálogo entre as duas partes.

Os ministros concordaram em desenvolver uma iniciativa plurianual em apoio à Ucrânia, para ajudar a garantir a dissuasão e a defesa do país, fazer a transição de equipamentos e doutrinas da era soviética para os padrões da Otan e aumentar a interoperabilidade.

Stoltenberg disse na ocasião que isso demonstra o “compromisso de longo prazo” da Otan com a Ucrânia e que “aproxima o país” da “família euro-atlântica”, já que os aliados continuam “comprometidos com a política de portas abertas da Otan”.

A Ucrânia solicitou formalmente em setembro do ano passado a adesão à Aliança, durante a invasão da Rússia, e espera obter um roteiro dos líderes aliados na cúpula de Vilnius.

Fontes da Otan insistem que “o primeiro passo” e a “pré-condição” para qualquer discussão sobre uma futura adesão ucraniana à Aliança é garantir que o país prevaleça como uma nação soberana e independente. EFE