Volodymyr Zelensky (d) e Jens Stoltenberg. EFE/SERGEY DOLZHENKO

Stoltenberg: Ucrânia tem “direito” a aderir à Otan

Kiev (EFE).- O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse nesta quinta-feira, em Kiev, que não é possível prever quando a guerra na Ucrânia vai acabar, mas que a aliança militar vai continuar a apoiar o país “enquanto for necessário” e que ele tem o “direito” de ser membro dela.

“Não sabemos quando esta guerra vai terminar, mas sabemos que a agressão russa segue um padrão tóxico que deve ser interrompido”, declarou Stoltenberg em uma entrevista coletiva ao lado do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Por isso, de acordo com ele, os países da Otan forneceram 65 bilhões de euros em ajuda militar à Ucrânia desde que a invasão começou e agora estão fornecendo “mais caças, tanques e veículos blindados”.

“A Ucrânia tem direito a um lugar na família euroatlântica. A Ucrânia tem o direito a um lugar na Otan. E nosso apoio o ajudará a tornar isso possível com o tempo”, enfatizou.

Stoltenberg afirmou que, durante sua reunião com Zelensky, ele discutiu uma “iniciativa de apoio de vários anos” que ajudará a Ucrânia a fazer a transição do equipamento e das doutrinas da era soviética para as normas ocidentais e garantirá a interoperabilidade com a Otan em termos militares

Em relação à próxima cúpula da aliança, marcada para os dias 11 e 12 de julho, o secretário-geral disse que a questão da integração da Ucrânia na Otan e as garantias de segurança dos membros da OTAN estarão no topo da agenda.

Zelensky, por sua vez, expressou a expectativa de que durante a cúpula em Vilnius, que, segundo ele, será um “evento histórico”, medidas “específicas e concretas” serão anunciadas sobre o futuro da Ucrânia na Otan, algo para o qual não existe “nenhuma barreira objetiva” que o impeça.

“Precisamos de algo melhor do que o formato atual das relações”, disse.

“Seremos um membro da aliança”, enfatizou, além de pedir que a Otan estenda as garantias de segurança “até que isso aconteça”. EFE