John Kirb. EFE/Arquivo/Michael Reynolds

EUA querem ampliar comunicações com China para incluir assuntos militares

Washington (EFE).- Os Estados Unidos pretendem ampliar as comunicações com o governo da China para incluir assuntos militares, disse nesta segunda-feira o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby.

Em entrevista coletiva, Kirby disse que Washington gostaria de ampliar os canais diplomáticos de comunicação com Pequim, que foram “reduzidos” após a visita da ex-presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, a Taiwan, em agosto de 2022.

“Os canais de comunicação entre os Estados Unidos e a República Popular da China permanecem abertos. De fato, gostaríamos de vê-los expandidos”, comentou Kirby, ao reiterar que o presidente dos EUA, Joe Biden, espera ter uma conversa com o mandatário chinês, Xi Jingping, “em breve”.

Os líderes não realizam uma conversa bilateral desde a sua reunião na cúpula do G20 na Indonésia, em novembro do ano passado.

As relações entre EUA e China estão em um ponto tenso, exacerbado pelos exercícios militares da China em torno de Taiwan, que Kirby classificou de “agressivos”.

“Não faz sentido que estas tensões aumentem e a nossa política de uma só China não mudou”, afirmou o porta-voz da segurança nacional durante a coletiva.

No início de abril, a presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, viajou aos Estados Unidos, onde se reuniu com vários congressistas republicanos e democratas, que reiteraram o compromisso de Washington em fornecer armas à ilha.

A China acusa os Estados Unidos de utilizarem diferentes armas para manter a “supremacia mundial”, o que considera um risco global.

Taiwan é uma das principais fontes de conflito entre China e Estados Unidos, sobretudo porque Washington é o principal fornecedor de armas da ilha e seria o seu maior aliado militar em caso de conflito militar com o gigante asiático.

A China reivindica a soberania sobre Taiwan, a qual considera uma província rebelde desde que os nacionalistas do Kuomintang se retiraram para lá em 1949, depois de terem perdido a guerra civil contra o exército comunista. EFE